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Curso do INCQS/Fiocruz sobre escrita científica com IA tem edição em Recife


16/01/2025

Por: Maria Fernanda Romero (INCQS/Fiocruz)

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A inteligência artificial (IA) está revolucionando a forma como são conduzidas as pesquisas e comunicação de resultados da ciência. Na escrita científica, a IA oferece ferramentas poderosas, que devem ser tratadas com responsabilidade e segurança. Atento a este movimento, o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco) demandou ao INCQS/Fiocruz uma edição do curso de capacitação 'Escrita Científica com IA humanizada'. O reconhecimento reflete a urgência e o valor de abordar questões como a publicação científica e a preparação ética e humanizada para o uso da inteligência artificial nas instituições de ensino e pesquisa.

A segunda edição desse curso, realizado nos dias 2 e 6 de dezembro de 2024, ocorreu de forma semi-presencial, sendo 3 dias presenciais na Fiocruz Pernambuco e dois dias on-line. A turma contou com 20 alunos (as).

A realização do curso como o primeiro no tema em âmbito nacional pela Fiocruz, é um marco que evidencia o potencial de ampliação do impacto científico e educacional. Além disso, consolida a relevância do conteúdo oferecido para enfrentar desafios estruturais da ciência contemporânea.

"Essa iniciativa não apenas fomenta a inovação aberta, mas também fortalece parcerias institucionais, ao passo que promove a transformação significativa na vida dos alunos participantes", pontua Izabela Gimenes, do Departamento de Farmacologia e Toxicologia do INCQS/Fiocruz, idealizadora e uma das coordenadoras do curso.

Izabela conta que a realização do curso só foi possível através do apoio da chefia do Laboratório que faz parte, Dr. Fausto Ferraris, e as parcerias firmadas com os professores Marcos Costa e Érika Gadelha, da Escrita com Ciência e o professor Marcos Ayres, da Escritha.

De acordo com a doutora, a temática se conecta diretamente com problemas estruturais na ciência, como a dificuldade de publicação científica e a necessidade de educar alunos e pesquisadores para uma integração consciente e ética da inteligência artificial no cotidiano acadêmico. "Não há mais espaço para ignorar a presença dessa tecnologia em nossas vidas. A solução está na disseminação do conhecimento e na educação, ferramentas essenciais para preparar as instituições e os profissionais para os desafios do presente e do futuro", explica.

"O curso foi um divisor de águas para mim: mundo velho x mundo novo. Me inspirou e me encorajou no meu pré projeto. Eu fui com medo mesmo, mas com a IA na mão. E cá estou: doutoranda do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz). Muito grata a todos os envolvidos!", afirmou Márcia Pereira Gomes, enfermeira do Hospital Servidores do Estado, que foi uma das alunas do curso.

Para Lays Hevércia Silveira de Farias, doutoranda em saúde pública do Instituto Aggeu Magalhães, que também participou do curso, além da formação técnica em como utilizar as ferramentas, o grande diferencial do curso foi o espaço proporcionado para o diálogo entre discentes e docentes. Ela considera que debater os limites éticos da IA é tão importante quanto aprender a utilizar as ferramentas. Segundo a estudante, assa reflexão é essencial para garantir que a tecnologia seja usada de forma responsável e agregadora nos ambientes acadêmicos.

"O curso foi uma oportunidade importante para debater o tema da Inteligência Artificial, que já é uma realidade no nosso cotidiano. No entanto, ela traz camadas complexas que precisam amplamente ser discutidas para que façamos melhor uso dessa inovação", complementou Lays.

A próxima turma do curso de capacitação 'Escrita Científica com IA humanizada' está prevista para junho deste ano. Acompanhe tudo no site do INCQS/Fiocruz.

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