18/12/2024
Vinicius Ameixa
Durante a Missão Econômica Belga ao Brasil, liderada por Sua Alteza Real, a Princesa Astrid da Bélgica, o seminário “Soluções tecnológicas na interseção entre clima e saúde” reuniu especialistas para debater desafios globais e apresentar iniciativas inovadoras. Promovido pela G-STIC, o evento abordou o impacto das mudanças climáticas na saúde e o papel das tecnologias sustentáveis nesse contexto.
A Fiocruz teve participação de destaque, representada pelo seu Presidente Mário Moreira, apresentou projetos da instituição que integram soluções climáticas e saúde pública, enfatizando a importância de cooperação internacional para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. Entre as propostas, estavam iniciativas relacionadas à sustentabilidade em sistemas de saúde e uso de dados para prevenção de desastres.
O evento reuniu lideranças da indústria, formulação de políticas e pesquisa, com o objetivo de construir soluções concretas para problemas interconectados. As discussões destacaram tecnologias renováveis como ferramentas essenciais para mitigar impactos climáticos e suas consequências na saúde global. Nesse cenário, a Fiocruz apresentou o Plano de Logística Sustentável e avanços em pesquisa sobre doenças tropicais exacerbadas por condições climáticas extremas.
Paulo Gadelha, coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 (EFA 2030) ressaltou como a Fiocruz contribui para a resiliência dos sistemas de saúde frente a crises ambientais. Ele citou exemplos como o desenvolvimento de soluções para abastecimento de energia em hospitais de áreas remotas e estudos sobre a relação entre desmatamento e surgimento de zoonoses. Essas iniciativas refletem o compromisso da instituição em atuar na interface entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
As apresentações também destacaram o papel da ciência e tecnologia no fortalecimento de sistemas de monitoramento. Tecnologias baseadas em big data e inteligência artificial foram apontadas como ferramentas-chave para identificar riscos emergentes à saúde em áreas vulneráveis. Nesse aspecto, a Fiocruz compartilhou experiências de projetos que integram dados epidemiológicos com informações climáticas para a tomada de decisões mais assertivas.
O seminário também reforçou a necessidade de integração entre iniciativas locais e globais. A parceria entre Brasil e Bélgica foi destacada como exemplo de como colaborações internacionais podem acelerar soluções sustentáveis. Representantes do governo belga enfatizaram o interesse em expandir a cooperação em áreas como biotecnologia, energias limpas e educação para a sustentabilidade.
Um dos temas centrais foi a inclusão de comunidades vulneráveis nas estratégias de adaptação climática. O evento discutiu como soluções tecnológicas podem ser escaladas para beneficiar populações marginalizadas, garantindo acesso equitativo a tecnologias que protegem a saúde frente a eventos climáticos extremos.
Com foco na implementação de soluções concretas, o seminário concluiu com um chamado para ação coordenada entre governos, setor privado e instituições de pesquisa. Nesse contexto, a Fiocruz reafirmou seu papel como líder em pesquisa e desenvolvimento, promovendo inovações que conectam saúde e sustentabilidade.