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Projeto auxilia no diagnóstico precoce da hanseníase em Ribeirão Preto e Oeste da Bahia


01/11/2024

Ana Clara Parpinelli ( Escritório Técnico da Fiocruz em São Paulo)

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Uma parceria do Escritório Técnico da Fiocruz em São Paulo e da Universidade de São Paulo (USP-Ribeirão Preto), financiada pelo Ministério da Saúde (MS), capacitou centenas de profissionais de saúde para o diagnóstico precoce e melhor manejo da hanseníase nas regiões de Ribeirão Preto e Oeste da Bahia. O projeto, que se desenvolveu entre 2019 e 2024, teve como foco a padronização de testes e a investigação de casos resistentes ao tratamento.

 

Sob a coordenação do pesquisador da USP Marco Andrey, a iniciativa envolveu médicos, enfermeiros e fisioterapeutas com treinamentos práticos e teóricos. “A parceria com a Fiocruz foi fundamental para que todas essas ações pudessem avançar e se consolidar para aprimorar essas ações no campo”, destacou Andrey. Ele explica que o treinamento foi intensivo, com duração aproximada de uma semana, preparando os profissionais para identificar casos da doença, gerenciar pacientes e coletar amostras para exames laboratoriais.

Além do treinamento, uma oficina com profissionais de laboratório de seis centros de referência em hanseníase do Brasil, que resultou na padronização do protocolo Elisa, um teste sorológico para hanseníase. “Houve um aumento significativo na acurácia diagnóstica e a abordagem de novas metodologias de tratamento da doença, o que poderá ajudar de sobremaneira políticas e estratégias públicas para o melhor tratamento”, afirma um dos coordenadores da pesquisa, Rodrigo Stabeli, do Escritório Técnico da Fiocruz em São Paulo. Stabelli ainda destacou que essa conquista garantiu maior precisão e confiabilidade nos resultados, permitindo um diagnóstico mais preciso e tratamento mais eficaz.

A ação investigou também casos de hanseníase resistentes ao tratamento, utilizando um modelo de cultura de pele humana em laboratório, conhecido como Hosec. Essa tecnologia possibilitou aos pesquisadores analisarem a bactéria Mycobacterium leprae em um ambiente controlado, abrindo caminho para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para pacientes que não respondem ao tratamento convencional.

Ao todo, o projeto também capacitou 813 profissionais na área da saúde, criando uma força de trabalho mais bem preparada e equipada para lidar com a doença nos postos públicos. Além disso, a iniciativa contribui para a vigilância epidemiológica aprimorada e controle da hanseníase.

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