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Profissionais surdos da Fiocruz participam de formação de brigadistas de incêndio


10/10/2024

Kadu Cayres (IOC)

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No contexto do Curso de Formação da Brigada Voluntária de Incêndio (BVI), a Fiocruz realizou a formação de 28 profissionais surdos, de nove unidades da instituição, como brigadistas voluntários de incêndio. A formação aconteceu ao longo dos meses de julho e agosto e foi realizada em três etapas: exame médico, aula teórica e treinamento prático de combate a incêndio e primeiros socorros. As duas primeiras ocorreram no Campus Manguinhos-Maré e a parte prática em um centro de treinamento credenciado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ).

“Todos esses profissionais fazem parte do Projeto Empregabilidade Social da Pessoa Surda, da Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz. Atualmente, a iniciativa conta com 102 participantes e tem como objetivo promover a inserção de trabalhadores surdos nas dependências da Fiocruz”, comentou o presidente da Comissão Interna de Biossegurança (CIBio/IOC), Geraldo Armoa, ressaltando que a Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (Cogepe) e a Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa) disponibilizaram intérpretes de Libras para as etapas da formação.

“Independentemente, o objetivo de se constituir as BVIs nos pavilhões é formar pessoas para que, em caso de um princípio de incêndio, o foco possa ser rapidamente debelado, evitando que se transforme num incidente controlável apenas com a ajuda do CBMERJ”, acrescentou o vice-presidente da CIBio/IOC, Ricardo Machado.

Para o participante Thiago Gomes, do Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral do IOC, o que mais chamou atenção foi a preocupação da equipe em estabelecer uma comunicação clara e eficiente com todos os participantes, independentemente de serem surdos ou ouvintes. “De forma objetiva, o curso mostra que o brigadista voluntário contribui para a segurança da comunidade institucional, protegendo vidas e promovendo um ambiente mais seguro para todos. A ação rápida de uma brigada pode evitar que um incêndio se espalhe, reduzindo danos materiais e protegendo vidas. O treinamento deixa claro que o tempo de resposta pode fazer toda a diferença em situação de acidente”, avalia Thiago.

A formação de Brigadas Voluntárias de Incêndio foi iniciada em 2019, quando equipes da CIBio/IOC, Comissão Técnica de Biossegurança e Bioproteção (CTBio/Fiocruz), Coordenação de Qualidade (CQuali/Fiocruz) e da Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic) se reuniram com o intuito de cumprir as exigências da Nota Técnica 2-11/2019 do CBMERJ e do Decreto Nº 42, de 17 de dezembro de 2018, do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP) do Estado do Rio de Janeiro.

Após o encontro, a Cogic contratou, após processo licitatório, uma empresa, devidamente credenciada no CBMERJ, para iniciar as formações nas unidades da Fiocruz, no Rio de Janeiro. Até o momento, mais de mil brigadistas foram formados em diferentes unidades da Fundação.

O treinamento da BVI com profissionais surdos é fruto da parceria do CIBio do INCQS; Coordenação de Atenção à Saúde (CAS) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF); CIBio do IOC; Serviço de Gestão do Trabalho (SGT) do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI); Serviço de Administração (SADM) da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV); Coordenação de Serviços Operacionais (CSO) da Cogic; Serviço de Biossegurança da Ensp; Seção de Serviços Gerais (SSG) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict); e Serviço de Sustentabilidade e Segurança do Trabalho (SSST) do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB).

* Fotos: Divulgação

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