24/10/2024
CCS/Fiocruz
Pensar a Fiocruz não apenas para o próximo mandato, mas para as próximas décadas. Esse foi o mote do debate promovido pela Comissão Eleitoral com o candidato à reeleição para a Presidência da Fiocruz, Mario Moreira. Provocado a discutir temas como crise climática, inovação tecnológica e equidade por três convidados externos, o candidato discorreu sobre suas propostas de campanha e respondeu perguntas dos presentes no Auditório do Museu da Vida, no Campus Manguinhos.
A presidente da Comissão Eleitoral, Maria do Carmo Leal, abriu o evento e apresentou os convidados: a secretária-executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS/SRI/PR), Raimunda Monteiro; a jornalista e liderança da Frente de Mobilização da Maré, Gizele Martins; e o presidente da Faperj, Jerson Lima Silva. Maria do Carmo falou da importância do processo democrático de eleição interna, agradeceu a presença dos convidados e franqueou a palavra pra o candidato.
Veja como foi o debate
Formação de lideranças e escuta da sociedade
Mario Moreira reafirmou o papel da Fiocruz como uma instituição estratégica do Estado brasileiro e destacou as muitas dificuldades de governança por questões jurídicas e administrativas. No balanço da campanha, o presidente avaliou como positivos os diálogos ‘multidimensionais’ com as unidades, grupos profissionais e setores. “Fiz uma varredura para escutar. A Presidência isola muito as pessoas do ponto de vista da percepção de questões que são próprias das unidades”, afirmou.
No fim do debate, o presidente levantou questões internas que considera relevantes. Mario salientou a importância da formação de lideranças e da melhoria dos mecanismos de escuta a sociedade, assim como da convocação da sociedade para participar dos processos políticos da Fundação. “Vamos ter muita construção coletiva. Nosso congresso interno tende a ter uma densidade política muito grande para discutir a Fiocruz do futuro. Qual é essa Fiocruz que a gente projeta numa perspectiva do desenvolvimento científico, tecnológico, dos territórios, do clima, da transição demográfica?”, perguntou.
No início do evento, os convidados e demais presentes assistiram ao vídeo em que a presidente da Comissão Eleitoral, Maria do Carmo, faz uma convocação dos servidores a participarem da eleição. Em um segundo vídeo apresentado em seguida, o professor emérito e ex-superintendente do Canal Saúde, Arlindo Fábio, ressalta a importância do processo democrático para escolha do presidente da Fiocruz. A eleição para a Presidência da Fiocruz é a consolidação, o fortalecimento do nosso processo democrático”, afirmou Mario Moreira.
Temas em pauta
A primeira convidada a falar foi a secretária-executiva Raimunda Monteiro. Ela traçou um quadro preocupante do desmonte gradativo do sistema de proteção ambiental do país desde a década de 1990, com “interrupção brutal” a partir de 20219. “Hoje, enfrentamos um processo de reconstrução diante de problemas agravados por picos climáticos, secas e queimadas ou excessos de chuvas, com efeitos socio-econômicos dramáticos”, descreveu.