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Fiocruz Paraná debate hesitação vacinal e se une a Bio-Manguinhos na XXVI Jornada de Imunização da SBIm


27/09/2024

Fonte: ICC/Fiocruz

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Constatado que os esforços em pesquisar, produzir e disponibilizar vacinas não tem sido suficiente para aumentar a cobertura vacinal no mundo, especialistas da área vêm incluindo em suas discussões a hesitação vacinal que impacta na vacinação – os componentes logísticos, econômicos, socioculturais ou psicológicos que estão relacionados a esse espaço, que é físico, estrutural e mental, entre a seringa que contém o imunizante  e o braço de quem precisa recebê-lo.

Foi neste aspecto do debate que a Fiocruz Paraná entrou na XXVI Jornada de Imunização da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), com o convite que a vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação do instituto, Maria das Graças Rojas Soto, recebeu da diretora da SBIm, membro do grupo consultivo sobre segurança das vacinas da Organização Mundial de Saúde, Isabella Ballalai, para compor uma mesa de discussão sobre a vacinação na escola.

O maior evento de imunização do mundo este ano foi realizado em Recife, entre os dias 18 a 21 de setembro, reunindo por volta de 150 especialistas no tema e 1600 participantes.

Frente ao decreto federal de outubro de 2023, assinado pelo Presidente Lula, que institui a vacinação nas escolas, discute-se agora a melhor forma de fazê-lo e como vencer os inúmeros entraves que se apresentam para cumpri-lo. No debate sobre vacinação escolar, foram apresentadas experiências exitosas de serviços de saúde do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. A Fiocruz Paraná levou a experiência de divulgação científica com catadores de materiais recicláveis como base para a discussão de abordagens com segmentos populacionais aparentemente refratários à imunização.

Com a proposta de apresentar “uma reflexão, uma estratégia, uma experiência, e uma possibilidade”, Maria das Graças abordou o processo ensino-aprendizagem de culturas diferentes, o modelo de educação adotado no Brasil, a dificuldade de o sistema escolar acompanhar o estilo de vida de seu tempo que repercute no desinteresse de crianças e jovens, a necessidade de motivar este público para as práticas de saúde e o uso de estratégias criativas para fazê-lo. O projeto desenvolvido com os catadores de recicláveis, que levou a um resultado de 98% de vacinados em um coletivo composto por pessoas que nunca haviam se vacinado ou que deixaram incompleto seu esquema vacinal, serviu de suporte para demonstrar a efetividade de determinadas práticas, que podem ser transpostas a outros grupos populacionais, dentre eles a comunidade escolar.

“Já está consagrado que a vacinação na escola é a melhor estratégia para aumentar adesão às vacinas, principalmente para adolescentes e, portanto, o aumento da cobertura vacinal. O que ainda precisa entrar na pauta do combate à hesitação vacinal – considerada hoje pela Organização Mundial da Saúde como um dos dez maiores problemas de saúde no mundo –  é a educação para a saúde”, declarou Isabella Ballalai, idealizadora da mesa de debate sobre o tema. “Quando convidamos Maria das Graças, sabíamos que ela poderia contribuir muito com esse tema, e não teve erro, ela foi ótima!”, finalizou a diretora da SBIm.

Aproveitando a oportunidade para demonstrar a complexidade e abrangência da Fiocruz, a chefe do Departamento de Assuntos Médicos, Estudos Clínicos e Vigilância Pós-Registro (Deame) do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Lurdinha Maia, convidou a Fiocruz Paraná para expor os materiais de educação em saúde voltados à vacinação produzidos no ICC no estande de Bio-Manguinhos da Jornada SBIm. Com isso, é a primeira vez que outra unidade se soma a Bio-Manguinhos em seu espaço neste evento para trazer o tema da vacinação, para além das vacinas. A iniciativa se mostrou um sucesso de público e evidenciou a multiplicidade de aspectos abordados pela Fiocruz na saúde pública.  Lurdinha Maia expressou seu contentamento com esta parceria que se mostrou tão potente e efetiva com uma mensagem ao diretor do ICC, Stenio Fragoso. “Dr. Stenio, muito mais do que Lurdinha Maia, é  Maurício Zuma, diretor de Bio-Manguinhos, que agradece a parceria entre os institutos que promoveu uma popularização da ciência em nosso estande, de uma forma que demostra como a Fiocruz é gigante. Parabéns a Gracy Rojas pela competência e forma lúdica como tratou o tema de vacinação”, declarou Lurdinha.

Coordenando a exposição dos produtos educativos e a interlocução com os participantes do evento esteve Maria das Graças, responsável pelo setor de Extensão e Divulgação Científica do ICC/ Fiocruz Paraná, enquanto a mediação das atividades foi conduzida por Bianca Ribeiro, membro da equipe de Divulgação Científica do instituto, com apoio de Karina Alcoforado, membro de equipe do Deame/Biomanguinhos.

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