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Comunidade científica discute Oropouche em Pernambuco


05/08/2024

Fonte: Fiocruz Pernambuco

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Para promover uma resposta rápida e coordenada, diante da crescente disseminação do vírus Oropouche (OROV) no Brasil, aconteceu nesta quinta-feira (1/8) o 1º Seminário sobre Oropouche em Pernambuco, promovido pela Secretaria de Saúde do Estado (SES/PE). A Fiocruz Pernambuco sediou o encontro e se fez presente nas discussões com a participação de pesquisadores de seus diversos departamentos, em especial os ligados aos serviços de referência em Arboviroses e em Culicídeos Vetores e à Rede de Vigilância Genômica da Fiocruz. Especialistas das unidades da Fiocruz Amazônia e do Paraná também se destacaram na programação do evento, que reuniu gestores, profissionais da saúde e cientistas de diversos estados brasileiros, em torno de um debate técnico-científico de alto nível. O evento teve apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

 

Na abertura do seminário, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/MS), Ethel Maciel, reforçou a colaboração do Ministério da Saúde (MS) com o estado. “Vamos trabalhar juntos, não apenas em prol de Pernambuco, mas em prol do Brasil e da região das Américas”, declarou a gestora. Para ela, será necessário construir soluções conjuntas, fortalecidos pelas lições aprendidas anteriormente (como na emergência do Zika e dos casos de microcefalia) e nesse contexto considera Pernambuco simbólico, com muito a ensinar ao Brasil.

O diretor da Fiocruz Pernambuco, Pedro Miguel Neto, destacou a importância e a competência do Sistema Único de Saúde brasileiro em momentos como este, mesmo após um período de negação da ciência. “Esse país passou por seis anos de não ciência, de combate ao pensamento científico, de combate ao SUS. Porém esse SUS se revigora, ele se mostra presente. Esse SUS está vivo e forte e mostrando para a população a sua condição de atuação”, declarou.

O diagnóstico, manejo clínico, comportamento biológico do vírus oropouche são desafios para os cientistas e profissionais de saúde. Por isso, o cuidado de não serem criados discursos alarmistas, supondo cenários ou comportamentos que ainda não têm evidências científicas. Nesse sentido a secretária de Saúde de Pernambuco, Zilda Cavalcanti ponderou: “Eu me sinto, enquanto gestora pública, com uma obrigação de divulgar de forma transparente, muito objetiva, para que as pessoas possam se empoderar da sua proteção”, afirmou. 

A febre oropouche é uma infecção transmitida pelo inseto maruim e manifesta-se de forma semelhante à dengue. Neste ano, o Brasil já registrou 7.236 casos, a maioria nos estados do Amazonas e de Rondônia. Atualmente, Pernambuco conta com 89 casos confirmados.

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