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Roda de conversa debate retorno ao trabalho após licença-maternidade


08/03/2024

Marcelle Martins - Ascom Cogepe

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Nesta quinta-feira (7/3), o projeto Diálogos com a enfermagem: vivenciando a maternidade no trabalho promoveu roda de conversa - em alusão ao Dia Internacional da Mulher - com o tema “O retorno ao trabalho após a licença-maternidade”. A iniciativa já realizou 33 encontros com mães e pais, 14 lives, mais de 200 consultas com gestantes e lactantes e visitas às regionais para elaborar estratégias na criação de ações para o público materno. Cartilha de orientação para a trabalhadora gestante e lactante e sala de amamentação certificada pelo Ministério da Saúde também são ações conduzidas pelo projeto.

Mundialmente, a queda da amamentação está diretamente ligada ao retorno ao trabalho. O que pensa a trabalhadora depois de se tornar mãe? Como esta trabalhadora pode conciliar amamentação e trabalho? Estas são algumas perguntas que norteiam as ações realizadas pelo Diálogos com a enfermagem.

“Nosso esforço é pensar junto a estas mulheres possibilidades e soluções para que continuem o aleitamento, que é um dos melhores investimentos para salvar vidas. As orientações e acolhimento iniciam na gestação e se estendem à amamentação”, explicou a coordenadora do Diálogos e integrante do Nust/CST, Isis Brasil.

Para a também coordenadora do projeto, Michelle Caldas, o importante é que a mulher tenha o direito de amamentar enquanto for bom para ela e para o bebê. “Quando a trabalhadora possui um local como a sala de amamentação para ordenhar o leite e manter a amamentação, isso contribui para que ela fique mais tranquila, com menos dores e que consiga produzir mais no trabalho. Ganha ela, o bebê e a instituição”.

Sala de amamentação

A Sala de Apoio à Amamentação do Núcleo de Saúde do Trabalhador (Nust) da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (Cogepe) foi certificada em fevereiro pelo Ministério da Saúde como local que promove, protege e apoia o aleitamento materno para a mulher trabalhadora. Durante o encontro, o grupo realizou a cerimônia simbólica da certificação da sala que funciona desde 2019.

O diretor-executivo Juliano Lima ressaltou como o Diálogos movimenta as regionais na construção de salas de apoio ao aleitamento materno. “Esse projeto é muito bonito e temos um carinho especial por ele. Temos essa iniciativa em regionais e outras unidades e isso é o despertar da instituição para algo tão elementar que é a amamentação”.

A coordenadora-geral da Cogepe, Andréa da Luz, destacou a importância do Diálogos ter nascido de uma questão individual, que foi a gravidez de risco da coordenadora Isis, se tornando uma ação coletiva. “Temos que celebrar esta ação que acolhe as trabalhadoras de forma homogênea: bolsistas, estudantes, terceirizadas e estudantes são bem-vindas ao projeto”.

A coordenadora da CST, Marisa Augusta congratulou a iniciativa como uma prioridade institucional. “As salas não são exclusivas das unidades. O que facilita, pois as mulheres que estão mais próximas podem fazer uso do espaço para a ordenha do leite. Além disso, estas salas foram pensadas para as trabalhadoras, mas estão disponíveis para as estudantes também”.  

As mulheres, depois que se tornam mães, têm que trabalhar como quem não têm filhos e cuidar dos filhos como quem não trabalha. Esta foi a frase da dissertação de Isis, citada pela chefe do Nust/CST, Flávia Lessa, para explicar a complexidade do retorno ao trabalho da mulher após a licença-maternidade.

“Ter filhos e trabalhar não são situações excludentes. Precisamos dar o nosso melhor em cada lugar que ocupamos, mas sem a cobrança inalcançável de darmos conta de tudo. Esse projeto ajuda a vivermos esta fase da maternidade, em que temos tantas incertezas e inseguranças, da melhor maneira possível. A certificação reitera que fazemos um trabalho importante e com qualidade”, concluiu.

Sobre o projeto

Mensalmente, o projeto Diálogos com a Enfermagem aborda temas de interesse materno com o objetivo de auxiliar as trabalhadoras e trabalhadores da Fiocruz que são mães e pais. Os encontros são mediados pelas enfermeiras Michelle Caldas e Isis Brasil.

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