Mesa de Negociação recebe secretário de Gestão 

Reunião visou cobrar respostas efetivas para reivindicações dos servidores

Como desdobramento dos trabalhos da Mesa de Negociação Permanente da Fiocruz (MNP), o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc-SN) promoveu uma reunião com o secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso, e com o diretor de Carreiras e Desenvolvimento de Pessoas, Eduardo Almas, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em 23/3. O encontro aconteceu na Residência Oficial, no Campus Manguinhos. O objetivo foi avançar nas negociações com o governo e cobrar respostas efetivas para as reivindicações de remuneração dos servidores, especialmente a implementação do Reconhecimento de Resultados de Aprendizagem (RRA). 

A discussão aconteceu com o presidente da Asfoc, Paulo Garrido, e o diretor-executivo da Fiocruz, Juliano Lima, que fez uma apresentação sobre a dimensão e as entregas da Fundação para a sociedade, especialmente nos últimos anos. Estiveram presentes integrantes do sindicato; um representante da comissão do Conselho Deliberativo (o diretor do IFF, Antônio Carlos Meirelles); a coordenadora de Gestão de Pessoas, Andréa da Luz; o coordenador de Desenvolvimento de Pessoas da Cogepe, Nelson Passagem; e o presidente Mario Moreira. No fim do debate, o secretário se comprometeu a atuar internamente no governo para avançar na pauta reivindicada pelos trabalhadores da Fundação e antecipou nova conversa para 22/4. 

Nova conversa acontecerá em 22 de abril

Garrido fez um informe sobre o encontro durante a reunião virtual do Conselho Deliberativo, ocorrido também na sexta-feira. Ele considerou que a ida dos representantes do governo à Fundação foi uma conquista da Asfoc e falou da atuação conjunta da Mesa nas negociações. “A Presidência da Fiocruz agiu com muita firmeza em defesa do RRA, assumindo seu compromisso e a disponibilidade total para que tenhamos unidade e conquista”, disse. Juliano Lima destacou o acerto da formação de uma comissão do CD dedicada ao tema. “O governo teve a noção de que a Fiocruz montou um grupo para atuar no Legislativo e Executivo e ouviu alguns pontos de como funcionam na prática os planos de carreira”, descreveu. 

Para o diretor-executivo, outro acerto foi a pressão do sindicato para acelerar a negociação, que provocou a antecipação da agenda com o secretário. “É muito bem-vinda a discussão estrutural, mas precisamos de algo na mesa em 2024 ou não conseguimos ter fôlego para chegar a 2025”, disse. Durante a conversa, José Celso afirmou que as ministras da Gestão e da Saúde, Esther Dweck e Nísia Trindade Lima, se manifestaram pela priorização das negociações com a Fiocruz. Garrido informou que o sindicato está organizando uma jornada de assembleias, com indicativo de paralisação e participação no movimento de greve unificada dos servidores públicos federais.