21/07/2020
Por: Julia Dias (Agência Fiocruz de Notícias)
Presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima participou, nesta segunda-feira (20/7), do evento 430 anos - RJ Consciência, Tecnologia e Inovação, organizado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro. A série de três eventos virtuais é uma homenagem aos 430 anos de algumas das mais renomadas instituições de ciência, tecnologia e inovação do Estado do Rio de Janeiro.
Em 2020, enquanto a Fiocruz celebra os seus 120 anos, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) comemora 100 anos, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) completa 70 anos, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) 80 anos, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) comemora 40 anos e o Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj) completa 20 anos. “Esta é uma homenagem às instituições que compõe o ecossistema de pesquisa, ciência e inovação do nosso estado”, explica o secretário de CT&I do Rio de Janeiro, Leonardo Rodrigues, que conduziu o evento.
A presidente da Fiocruz apresentou o histórico da Fundação, desde sua criação como Instituto Soroterápico Federal, em 1900. A presidente destacou alguns dos grandes feitos da instituição, desde o combate a epidemias do início do século 20, passando pelas expedições pelo interior do Brasil, que permitiram descobertas como o ciclo completo da doença de chagas, até a criação do Sistema Único de Saúde, em 1988. Atualmente, a Fundação está presente em todos as regiões do Brasil e possui inúmeras cooperações internacionais.
A participação da Fiocruz na resposta à pandemia da Covid-19 também foi destacada pela presidente, que demonstrou as diversas linhas de ação em que a instituição tem atuado, da pesquisa básica, passando pela atenção ao paciente e a formação de profissionais de saúde, até a produção de vacinas e kits diagnósticos. O acordo para a produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford foi mencionado como uma esperança para a crise.
“Eu fiz uma apresentação centrada nas questões que mais afligem a sociedade hoje, mas elas estão relacionadas ao histórico da nossa instituição. É a partir desse histórico e dos investimentos feitos nos últimos 20 anos que é possível dar respostas para a sociedade”, afirmou Nísia. “Falamos muito em ‘novo normal’, mas corremos o risco de voltar ao antigo normal, em que não damos a devida atenção aos investimentos em ciência, tecnologia, saúde e educação, que devem ser vistos como investimentos no futuro da sociedade. Precisamos pensar em uma estrutura permanente mais forte frente a outras emergências sanitárias, que certamente virão, e, sobretudo, para defender a vida e o bem-estar em nossa sociedade”, completou.
O evento contou ainda com uma apresentação sobre as contribuições dos 80 anos da PUC-Rio, feita pelo seu reitor, o Padre Josafá Siqueira. “Nós, representantes de todas essas instituições, temos que sentar e discutir projetos comuns, onde nós podemos unir as fortalezas em função das vulnerabilidades do estado”, conclui o reitor após sua fala.
Também participante da live, o presidente comissão de C&T da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Waldeck Carneiro, exaltou as duas instituições participantes. “Estamos aqui reunidos com duas das maiores representantes da ciência brasileira”, afirmou o deputado, que reforçou a importância da formação e da educação em ciência, com destaque para o Museu da Vida, da Fiocruz, como uma ferramenta de divulgação científica para crianças e famílias.
“O Rio de Janeiro faz ciência e educação de qualidade, como essa série de lives vem demonstrando e é muito importante o trabalho em rede para nos fortalecermos mutuamente”, reafirmou a presidente da Fiocruz.
Veja como foi o evento:
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