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Fiocruz capacita profissionais de saúde em malacologia médica


12/02/2019

Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)

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Caramujos aquáticos e terrestres podem abrigar parasitos causadores de doenças como esquistossomose, meningite eosinofílica e fasciolose. A vigilância e o controle de moluscos de importância para a saúde pública, como espécimes do gênero Biomphalaria e da espécie Achatina fulica (caramujo africano), são estratégias importantes para a prevenção dos agravos. Aspectos sobre o assunto foram destaques do curso Treinamento em Malacologia com ênfase em parasitoses de importância médica e veterinária, promovido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ).

As atividades realizadas entre os dias 4 e 8 de fevereiro, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, reuniram cerca de 20 profissionais de secretarias municipais de saúde e da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ). Participaram da capacitação biólogos, veterinários e agentes de saúde do Rio de Janeiro e de cidades como Vassouras, Iguaba Grande, Magé, Búzios e Cachoeiras de Macacu. A capacitação faz parte das atividades de Referência Nacional do Laboratório de Malacologia do IOC/Fiocruz junto ao Ministério da Saúde.

“A capacitação introduziu técnicas relacionadas à identificação e ao controle de caramujos e possibilitou aos alunos o reconhecimento das espécies transmissoras de doenças, como os caramujos do gênero Biomphalaria, associados à esquistossomose, e o caramujo africano, relacionado à meningite eosinofílica e à angiostrongilíase abdominal”, destacou a pesquisadora do Laboratório de Malacologia do IOC/Fiocruz, Monica Ammon, coordenadora da iniciativa.

“O ganho do curso é mesclar atividades teóricas e práticas. Nas atividades de campo, os alunos conhecem o ambiente onde os caramujos podem ser encontrados e realizam o procedimento de coleta dos espécimes. Em laboratório, realizam estudos de taxonomia, voltados para a identificação das espécies encontradas. Essas atividades serão reproduzidas pelos profissionais quando retornarem aos municípios de origem. A ideia é formar multiplicadores do conhecimento”, complementou Eduardo Faraj Delmas, responsável técnico de Malacologia da SES/RJ e do Lacen-RJ, que também participou da organização do curso.

Médica veterinária da Prefeitura de Armação dos Búzios, Flávia Castro Huber ressaltou a importância de participar do curso. “Atuo na área da vigilância ambiental do município. Considero fundamental estar sempre em busca de atualização para desenvolver o trabalho junto ao município e a população da melhor forma possível. Participar de um curso como este é importante para aprender novos conteúdos na área da malacologia médica e veterinária”, destacou. 

De abordagem multidisciplinar, as aulas foram ministradas por pesquisadores do IOC/Fiocruz, com a colaboração de técnicos e estudantes.

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