07/12/2016
Por: Juana Portugal (INI/Fiocruz)
Qualificar, informar e formar profissionais de diversos setores da Fiocruz nas temáticas da diversidade sexual e de gênero, do enfrentamento da homolesbotransfobia e da promoção dos direitos humanos e da cidadania LGBT, esse é o objetivo da Jornada Formativa sobre Cidadania LGBT na Fiocruz. O projeto, fruto de uma parceria entre a Fiocruz e o Governo do Estado do Rio de Janeiro, busca também ampliar a reflexão sobre a humanização da recepção e atendimento dos usuários dos serviços da Fundação, com especial atenção para a população de mulheres transexuais, travestis e homens trans. A iniciativa, acolhida pelo Comitê Nacional Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, já atendeu 300 trabalhadores e tem como meta capacitar 1500 profissionais até o final do primeiro semestre de 2017.
Para atingir este objetivo, o INI e a Diretoria de Administração do Campus, pela Fiocruz, e o Programa Rio Sem Homofobia, da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, do Estado do Rio de Janeiro, firmaram parceria para a realização de uma série de oficinas.
“A intenção é que o Projeto das Jornadas Formativas ganhe outra dimensão, que ele seja de fato incorporado pela Fiocruz. O desenho do projeto já tem uma perspectiva de continuidade e de aprofundamento. Inicialmente foram programadas 40 oficinas e, num segundo momento, está prevista a formação de multiplicadores”, explicou Nelson Passagem, Chefe do Serviço de Gestão do Trabalho do INI, um dos idealizadores do projeto. A proposta prevê a identificação de possíveis multiplicadores, pessoas que demonstram interesse e sensibilidade para o tema e tem uma participação diferenciada nas atividades. “Essas pessoas serão convidadas a participar de uma segunda fase, mais formativa, para que elas se tornem multiplicadoras do tema na Fiocruz. Em paralelo faremos a revisão de protocolos de atendimento”, afirmou.
“Estamos muito satisfeitos com a parceria com a Fundação, com a formação continuada dos servidores e esperamos que contribua para a maior qualificação do atendimento ao Público LGBT”, afirmou Claudio Nascimento, Coordenador do Programa Rio Sem Homofobia. “É gratificante e uma contribuição muito importante. Falamos da saúde, dignidade humana e justiça social, valores nossos. Falamos de respeito à diversidade sexual. É a Fiocruz querendo preparar, cada vez mais, seus profissionais para cumprir com as diretrizes de atendimento do SUS”, concluiu Passagem.
Diversidade, Cidadania e Saúde LGBT
As oficinas estão sendo ministradas a grupos de trabalhadores, de diversas áreas, e têm três horas de duração. O projeto teve a primeira oficina realizada no INI, no dia 20 de setembro. Durante a apresentação, a campanha foi introduzida como uma forma de refletir sobre a criação de padrões de comportamento, a relação do ser humano com o mundo, apresentando questões como identidade de gênero e orientação sexual. Depois da discussão teórica, como forma de materializar as falas de forma mais sensível, Alicia Kalloch, Assistente Administrativa do Programa Rio Sem Homofobia, e Laylla Monteiro, educadora comunitária do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e AIDS, do INI, relataram suas experiências como mulheres transexuais.
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