22/07/2014
Fonte: Informe Ensp
No Brasil, o desenvolvimento de medicamentos nanotecnológicos eficazes, seguros e com alta relação custo/benefício é estratégico para a saúde coletiva. No entanto, a falta de informações requer uma regulação sanitária voltada à proteção da saúde e do ambiente. Para discutir este tema, as pesquisadoras da Ensp/Fiocruz Vera Pepe e Ariane de Jesus Batista publicaram o artigo Os desafios da nanotecnologia para a vigilância sanitária de medicamentos. No texto, elas apontam que a grande questão da regulação consiste na conscientização de todos os atores envolvidos - pesquisadores, trabalhadores, reguladores, produtores e consumidores. O objetivo da pesquisa foi identificar o estágio de desenvolvimento e o marco regulatório dos medicamentos nanotecnológicos e seus desafios no Brasil, enfatizando a segurança sanitária.
As autoras explicam que a nanotecnologia consiste na utilização de materiais ou processos em que ao menos um de seus componentes possua dimensões na escala nanométrica. ‘A princípio, qualquer material pode ser reduzido a esse tamanho e a nova tecnologia pode ser aplicada, de forma transdisciplinar, em qualquer campo de atuação, podendo influenciar toda a economia mundial.’ Segundo Vera e Ariane, o Brasil tem interesse estratégico na nanotecnologia e muito já se tem investido em seu desenvolvimento. Na contramão dos países centrais, entretanto, pouco avançou na apropriada regulação destes medicamentos, que já começam a entrar no mercado.