O objetivo deste serviço é realizar o exame específico para o diagnóstico de larvas de espécies de Angiostrongylus, helmintos (vermes) que causam as angiostrongilíases (meningite eosinofílica e angiostrongilíase abdominal), em moluscos, através de ensaio molecular.
Várias espécies de moluscos continentais estão envolvidas na transmissão de helmintos parasitos que podem causar doenças ao homem e aos animais, como a angiostrongilíase abdominal e a angiostrongilíase cerebral (meningite eosinofílica). O ciclo de vida natural desses helmintos ocorre entre moluscos e várias espécies de roedores, sendo o homem um hospedeiro acidental. Neste contexto, destaca-se o caracol exótico invasor Achatina fulica Bowdich, 1822, introduzido no Brasil na década de 1980, onde tornou-se praga, sendo atualmente encontrado em todos os estados do país, além do Distrito Federal. Este molusco pode atuar como hospedeiro do helminto (verme) Angiostrongylus cantonensis, agente etiológico da zoonose meningite eosinofílica. Além de A. fulica, várias espécies de lesmas terrestres Veronicellidae e de caramujos de água doce da família Ampullariidae também podem atuar como transmissores dos helmintos que causam angiostrongilíases.
O Laboratório de Malacologia do Instituto Oswaldo Cruz (LABMAL) desenvolve projetos de pesquisa e forma recursos humanos nas áreas de sistemática, taxonomia, genética, biologia da reprodução e outros aspectos da biologia de moluscos gastrópodes da Região Neotropical, com ênfase nos vetores de parasitos e suas respectivas relações hospedeiros-parasito.
O LABMAL atua como Referência Nacional para Esquistossomose - Malacologia (LRNEM) prestando serviços de diagnóstico parasitológico e de identificação de moluscos, especialmente de caramujos de água doce, com ênfase nas espécies de interesse médico e/ou veterinário, como Biomphalaria spp., transmissores do verme causador da esquistossomose mansoni (barriga d'água), visando a auxiliar os órgãos de vigilância nacionais.