Autora: Márcia Regina Barros da Silva
A Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, embora instituída em 1891, só passou a funcionar efetivamente em 1913 – bem depois, portanto, das Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia, estabelecidas no início do século XIX. Contudo, essa demora para a implantação do ensino médico em São Paulo não foi sinônimo de atraso. De acordo com as pesquisas conduzidas pela autora, o período que antecedeu a implantação da primeira escola médica paulista foi muito rico em debates e embates acadêmicos e políticos. Desse modo, a Faculdade de Medicina de São Paulo emergiu como resultante de um processo estruturado com vistas a dar destaque a seu caráter moderno e científico. Frente a grupos tradicionais, ela se impôs com sua linguagem especializada e experimental, marcando a consolidação de uma abordagem médica laboratorial, o que já era uma realidade no cenário internacional. A obra tem três capítulos. O primeiro analisa como a República paulista abordou os temas da saúde e do ensino. O segundo investiga as atividades médicas de atendimento e tratamento realizadas em diferentes instituições de São Paulo, além de examinar as revistas médicas paulistas de maior impacto naquele momento. Já o terceiro capítulo considera outras iniciativas que ajudaram a preparar o terreno para a implantação da Faculdade de Medicina. O último capítulo discute, também, as teses apresentadas, ao final do curso, pelos primeiros médicos formados em São Paulo, entre 1918 e 1926.
Preço: R$ 40,00 | 304 páginas
Comprar este livro na Livraria Virtual
ISBN: 978-85-7541-438-5. 2014. il., tab. Apoio: Fapesp.
Prefácio
Apresentação
1) A Comunidade Imaginada da República Paulista: higiene e instrução, doença e ignorância
2) As Ciências Médicas em São Paulo
3) A Implantação da Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo
Conclusão: saúde, medicina e pedaços de couve
Tabelas e Quadros
Imagens
Fontes e Referências
Márcia Regina Barros da Silva
Historiadora e doutora em história social, é docente de história das ciências do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Atualmente é diretora do Centro de Apoio à Pesquisa Histórica Sérgio Buarque de Holanda na mesma faculdade e preside a Sociedade Brasileira de História da Ciência.