Fiocruz

Fundação Oswaldo Cruz uma instituição a serviço da vida

Início do conteúdo

Institucionalização da Farmácia Brasileira: Rio de Janeiro e Bahia, 1808-1891 (A)

autora: Amanda Peruchi

Nesta minuciosa história da institucionalização da ciência farmacêutica em território brasileiro ao longo do século XIX, a autora mapeia a emergência e a consolidação nacional de uma ciência que ganhou poderoso impulso na Europa setecentista, com o avanço da química moderna e das ciências biológicas. E que despontou, no Oitocentos, por todo o Ocidente, como auxiliar das ciências médicas no empenho de zelar pela preservação da saúde e da vida dos povos.

A autoridade de médicos e farmacêuticos, que cresceu rápida e continuamente a partir das décadas iniciais do Oitocentos, parece ter se valido, em larga medida, da percepção social de que a medicina e a sua parceira, a farmácia, mostravam-se relativamente eficazes, sobretudo em períodos de crises sanitárias, para a diminuição das doenças e mortes.

Na obra, a autora identifica os precursores nacionais desta nova ciência e os vínculos que mantinham com o que se produzia sobre o tema no Velho Mundo; descreve as bases teóricas e conceituais do saber local e as suas influências estrangeiras; apresenta os conflitos que levaram à institucionalização e ao regramento desse novo saber universitário; avalia as relações entre médicos, farmacêuticos e poderes públicos; distingue os meios que farmacêuticos utilizaram para propagar e legitimar os seus conhecimentos; e, sobretudo, promove uma análise das soluções que farmacêuticos formados, em conjunto com seus colegas médicos, propuseram para os problemas relativos à saúde e à doença enfrentados pela sociedade de então.

Institucionalização, produção e comércio

Na primeira parte deste volume, o leitor encontra uma narrativa histórica da institucionalização da farmácia no Brasil: como a farmácia científica, acompanhada de seus principais protagonistas, o farmacêutico e o medicamento, conquistou o seu espaço no território brasileiro e, paulatinamente, modificou a terapêutica das doenças.

Para tanto, a autora investiga a trajetória do profissional da farmácia, a fim de consolidar as características e a autoridade do verdadeiro responsável pela feitura dos medicamentos: o farmacêutico diplomado e licenciado nas escolas de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia.

Na segunda parte, Peruchi analisa a produção e o comércio farmacêutico no Brasil, a fim de compreender os caminhos percorridos pelo medicamento da química moderna, isto é, aquele formulado, por exemplo, a partir do isolamento e síntese das substâncias no tratamento dos doentes brasileiros.

Coleção História e Saúde

De vocação interdisciplinar, a coleção História e Saúde, a que pertence o livro, foi concebida para fortalecer o campo da História das ciências e da saúde em nosso país, promovendo e divulgando pesquisas que contribuam para a compreensão do presente e do passado e para a incorporação de metodologias, em consonância com o sopro renovador da historiografia contemporânea e em diálogo com diferentes ciências da natureza, cada vez mais sensíveis à reflexão historiográfica.

Sobre a autora

Amanda Peruchi é doutora em história e cultura social e autora dos livros Saborear e Curar: a chegada do café no mundo luso-brasileiro (Cultura Acadêmica, 2021), Jornalistas da Independência (Gazeta do Povo, 2022) e Ecos da Independência: a opinião pública em 1822 ( Cultura Acadêmica, 2022).

 

R$ 69,00 (impresso) | R$ 41,40 (digital) | 298 páginas

 

Comprar este livro na Livraria Virtual

 

Comprar este livro no SciElo Livros

 

2023. 298p. : il. ; graf.
ISBN: 978-65-5708-181-5
eISBN: 978-65-5708-221-8

Sumário

Prefácio
Apresentação
I - Instrução do ProfIssIonal da farmácIa e regularIzação do ofícIo  
1.O Exercício Ilegal da Arte de Formular
2.Primeiros Passos de um Ensino Regular
3.Entre a Teoria e a Prática: os cursos de Farmácia no Rio de Janeiro e na Bahia
II - Produção e comércIo de medIcamentos 
4. Comércio Farmacêutico no Início do Século XIX
5. O Legítimo Comércio Farmacêutico
6. A Pureza na Farmácia Brasileira
Conclusão: a institucionalização da farmácia no Brasil do século XIX
Notas
Imagens
Fontes e Referências

 

Em acesso comercial no SciELO Livros

Confira outros títulos desta mesma coleção:
Confira outros títulos com a mesma classificação temática:

Voltar ao topoVoltar