A obra reúne artigos sobre as tecnologias educacionais desenvolvidas no contexto dos desafios colocados pela Aids e demais agravos à saúde nos últimos 25 anos. Os textos aqui reunidos foram desenvolvidos por pesquisadores dedicados a análises conceituais e ao desenvolvimento de estratégias metodológicas relacionadas, direta ou indiretamente, à produção e avaliação do uso de tecnologias educacionais.
Estigma é definido como um atributo negativo ou depreciativo, que torna o sujeito diferente, diminuído ou possuidor de uma desvantagem. Mas o problema vai além: o estigma é também um dos processos sociais que reduzem o acesso à saúde por parte dos indivíduos e grupos afetados. No caso da Aids e do sofrimento mental, o estigma é, reconhecidamente, um dos maiores empecilhos aos avanços das políticas e ações que buscam garantir os direitos de seus portadores à dignidade e à cidadania.
A partir da temática da proteção, Simone Monteiro relativiza o enfoque epidemiológico de risco, mostrando o modo como os jovens da comunidade de Vigário Geral encaram a sexualidade e suas implicações. Desconstruindo a idéia recorrente no imaginário social de que a questão da prevenção é amplamente difundida na sociedade brasileira, a autora nos apresenta reflexões, com base em depoimentos decorrentes de uma pesquisa aprofundada, que permitem um questionamento crítico sobre o verdadeiro alcance das políticas preventivas em saúde.
O livro traz uma reflexão sobre as relações entre o processo saúde-doença e as condições étnico-raciais, tomando como tema central a saúde reprodutiva na América Latina. A partir das contribuições das ciências sociais e da área da saúde, os trabalhos aqui reunidos discutem os conceitos de raça, gênero e etnicidade, suas relações com o campo da saúde, além de divulgar resultados de pesquisas pioneiras sobre o tema.