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Exclusão social é fator determinante para o uso de crack

Exclusão social é fator determinante para o uso de crack

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Os resultados da pesquisa Crack e Exclusão Social apontam que o uso de crack é consequência e não causa da exclusão social. A pesquisa foi encomendada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça e Cidadania (Senad/MJ) devido ao contexto de consumo da droga no país, evidenciado pelos resultados da Pesquisa Nacional sobre Crack, desenvolvida pela Fiocruz. O estudo nacional revelou que o Brasil possui 370 mil usuários regulares de crack nas capitais, sendo aproximadamente 80% deles homens, negros, de baixa escolaridade e renda, com média de idade de 30 anos. Posteriormente a Senad encomendou outra pesquisa, dessa vez no intuito de investigar a relação entre o uso do crack e processos de exclusão e desclassificação social em diferentes esferas e dimensões. Coordenada pelo sociólogo Jessé Souza, a pesquisa aponta que a relação entre exclusão social e uso de crack é fundamental para desenhar políticas e formar linhas de cuidado para pessoas que tenham problemas com drogas. Complementares, as pesquisas apontam o forte estigma e exclusão social dos usuários.

A atividade foi coordenada pelo psicólogo Francisco Netto, membro do Programa Institucional de Álcool, Crack e outras Drogas da Fiocruz e mestre em Saúde Pública pela ENSP, e contou com a participação do psiquiatra e ex-diretor de Articulação e Projetos da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça e Cidadania, Leon Garcia, e dos profissionais que atuaram na equipe da pesquisa Crack e Exclusão Social: Roberto Dutra Torres, professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), e o sociólogo Ricardo Visser. Participou também, como debatedora, a médica de Família e Comunidade Valeska Holst Antunes, integrante do projeto Consultório na Rua em Manguinhos.

Data do vídeo: 
26/10/2016 - 15:12
Canal do vídeo: 
Ensp Fiocruz

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