06/06/2011
Terapia com células-tronco leva paraplégico a mexer as pernas
Os resultados iniciais relativos ao transplante de células-tronco em pacientes que sofreram trauma raquimedular começam a ganhar forma a partir dos primeiros movimentos de um policial militar de 47 anos. Submetido à aplicação de células-tronco mesenquimais em abril deste ano, o policial já apresenta, após intensivas sessões de fisioterapia, melhoras substantivas, recuperando a sensibilidade dos membros inferiores e controlando a musculatura da região, além de aumentar a massa muscular da perna e da coxa. A pesquisa está sendo conduzida por pesquisadores do Centro de Biotecnologia e Terapia Celular (CBTC), que é fruto de uma parceria entre o Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz (CPqGM/Fiocruz Bahia) e o Hospital São Rafael, de Salvador.
O estudo, pioneiro no mundo, deverá ser concluído em dois anos, com a participação de 20 voluntários, todos paraplégicos. Segundo a pesquisadora da Fiocruz Bahia Milena Soares, o fato do CBTC dispor de um centro de tecnologia celular foi decisivo para que o experimento ocorresse. “O espaço, um dos três em funcionamento no Brasil, garante que a cultura de células-tronco para aplicação em ensaio clínico seja realizada com boas práticas de manufatura”, explica.
Milena estima que, até o final deste ano, entre 10 e 12 pessoas deverão participar do experimento. Recentemente foram realizados dois transplantes. A pesquisadora esclarece que o limite para a quantidade de participantes no projeto está, entre outros fatores, nas atividades de fisioterapia, uma vez que os pacientes precisam de diversas sessões.
Leia mais na Agência Fiocruz de Notícias.