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Pesquisa sobre cooperação da Fiocruz na África aborda importância das relações sul-sul


09/01/2014

Fonte: Fiocruz Brasília

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Uma análise sobre A Fiocruz e a Cooperação para a África no Governo Lula, foi aprovada com nota máxima no Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (Irel/UnB). O trabalho é da pesquisadora do Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis/Fiocruz/UnB/Opas) Maíra Fedatto, primeira a defender uma dissertação sobre cooperação em saúde no Irel.
 
A pesquisa mostra que os projetos de cooperação em saúde do Brasil na África, em especial o caso da Fiocruz com a instalação da fábrica de antiretrovirais, estão incorporados ao pensamento de que os interesses do Brasil podem ser fortalecidos por meio de ações políticas.
 
"Ao transferir técnicas e tecnologias para os países em desenvolvimento, sem visar ao lucro ou estabelecer condicionalidades, o Brasil consolida-se como protagonista na cooperação Sul-Sul. Com isso, busca alianças e parcerias que melhor servem aos seus objetivos tanto domésticos quanto internacionais", explica.
 
Fedatto afirma que há um claro interesse do Brasil em tornar organizações internacionais, como Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial do Comércio (OMC), mais condizentes com a atualidade e com os interesses dos países em desenvolvimento.
 
O trabalho mostra o papel da cooperação para a construção e projeção do poder brasileiro no cenário internacional, e os ganhos para a política externa do país. Fedatto conclui que existem duas perspectivas de ganhos: "Em termos macro, destaca-se maior visibilidade e poder de barganha para o país, o chamado soft power. Em termos micro, ao transferir conhecimento, o país – especificamente a Fiocruz e seus profissionais – qualifica-se junto com os países africanos, pois tem que rever seus processos internos de produção para que possam dar qualidade ao componente da cooperação", esclarece. 
 
O estudo apresenta um histórico da cooperação internacional no mundo e no Brasil, entendida como uma ferramenta política que busca uma maior projeção internacional brasileira, e um panorama geral das ações de cooperação para o continente Africano.   
 
A dissertação foi aprovada pela banca composta pelo coordenador do Nethis, José Paranaguá, e pelos professores do Irel Pio Penna Filho e José Flávio Sombra Saraiva, no dia 17 de dezembro, no Irel/UnB. "A parceria mais efetiva entre o Nethis e o Irel ilustra a aproximação que vem sendo construída entre a Fiocruz e a UnB como parte uma articulação institucional para o aprimoramento conceitual e metodológico sobre cooperação internacional em saúde", afirma Paranaguá.

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