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Livro mostra como plantas venenosas, presentes em escolas, são risco às crianças

Flor

14/06/2013

Por: Graça Portela (Icict/Fiocruz)

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Você sabia que plantas como jiboia, espada-de-são-jorge, coroa-de-cristo, chapéu de Napoleão, comigo-ninguém-pode e mamona são plantas venenosas? E que elas são encontradas nas escolas de todo o país, representando um risco à saúde e à vida das crianças?

Para alertar professores, diretores e pessoal de apoio das escolas será lançado no dia 17/06, segunda-feira, às 14 horas, no espaço Solar da Imperatriz, no Jardim Botânico, o livro Plantas Tóxicas ao alcance de crianças: transformando risco em informação, das pesquisadoras Rosany Bochner, Judith Tiomny Fiszon e Maria Aparecida de Assis.

Parceria entre o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict)/Fiocruz com o Instituto Vital Brazil, a publicação é o resultado de um projeto de pesquisa realizado em 69 escolas do municipais do Rio de Janeiro, entre 2008 e 2010. Dessas, 58 apresentavam mais de 20 espécies de plantas venenosas. A obra acaba sendo uma fonte segura de informação também para pais e alunos, pois a cada 10 casos de intoxicação por plantas tóxicas registradas no Brasil, seis ocorrem com crianças menores de 10 anos e 84% do total dessas intoxicações são acidentais, ou seja, a criança ingeriu, mastigou ou tocou a planta.

Com a falta de informação, o perigo é maior ainda. “Plantas como espada-de-são-jorge, jibóia, comigo-ninguém-pode, aroeira e tinhorão são as mais comuns nas escolas”, explica a pesquisadora Rosany Bochner, coordenadora do Sinitox – Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, uma parceria do Icict/Fiocruz com o Ministério da Saúde.

Recheado de fotos ilustrativas, o livro contém explicações sobre as principais plantas venenosas e os riscos que elas causam à saúde, mostrando as partes tóxicas de cada uma delas e os sintomas de intoxicação. As imagens facilitam a identificação de plantas tóxicas que são encontradas em diversos ambientes, muitos dos quais, freqüentados por crianças.

Para a coordenadora do Sinitox, ao invés de simplesmente retirar as plantas das escolas, o ideal seria aprender a lidar com elas. “A manutenção de plantas tóxicas em um jardim temático de forma a transformar o risco em informação, pode ser muito mais efetivo na formação das crianças do que proibi-las”, explica.

O livro será distribuído em escolas públicas municipais e estaduais, mas também será vendido ao público pela Editora Riobooks.

Serviço

Evento: Lançamento do livro Plantas Tóxicas ao alcance de crianças: transformando risco em informação
Data e horário: 17/06/2013, segunda-feira, às 14h
Local: No Solar da Imperatriz, que fica no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na Rua Pacheco Leão, 2.040 (no Horto)

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