19/10/2015
Erika Farias - CCS/Fiocruz
Poucos dias antes do início da 7ª Semana Internacional do Acesso Aberto, que acontece de 19 a 25 de outubro, e fortalece ainda mais o ideário do acesso aberto ao conhecimento científico, a Fiocruz foi um dos destaques da 6ª Conferência Luso-Brasileira sobre Acesso Aberto (Confoa). O evento aconteceu de 4 a 7/10, na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e promoveu a partilha, discussão, produção e divulgação de conhecimentos, práticas e pesquisa sobre o acesso aberto em todas as suas dimensões e perspectivas.
Durante o encontro, estiveram reunidas as comunidades portuguesa e brasileira que realizam atividades de investigação, desenvolvimento, gestão de serviços e definição de políticas relacionadas com o acesso aberto ao conhecimento. Diversos trabalhos apresentados por pesquisadores e gestores da Fiocruz abordaram vários aspectos do Acesso Aberto. Veja os links abaixo.
Durante o evento, a Fiocruz anunciou o pré-lançamento do newsgame sobre Acesso Aberto, criado pela equipe do Multimeios, do Instituto de Comunicaçaõ e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). A ideia do jogo virtual que enfocasse o Acesso Aberto surgiu a partir de artigo intitulado O caso do Ebola na Libéria (Don't Think Open Access Is Important? It Might Have Prevented Much Of The Ebola Outbreak), publicado no site TechDirt em abril desse ano.
Em sua 7ª edição, a Semana Internacional é uma celebração que acontece simultaneamente em todos os continentes. Até o momento, há mais de duas mil atividades cadastradas para acontecer nestes dias, em todo o mundo, duas delas na Fiocruz. A Semana promove os benefícios da disponibilização livre na internet de cópias gratuitas, online, de artigos científicos, relatórios técnicos e outros trabalhos. O acesso aberto é uma forma de tornar os resultados de investigação acessíveis para toda a comunidade científica. Limitar este acesso resulta em uma perda da comunicação da ciência e reduz o impacto e reconhecimento dos resultados alcançados pelos investigadores e as instituições em que trabalham.
A política de acesso aberto ao conhecimento tem garantido cada vez mais benefícios para seus usuários. Além de estimular a articulação institucional interna e externa, ela contribui para o desenvolvimento da própria ciência. O Repositório Institucional Arca é o principal instrumento de realização do Acesso Aberto instituído por esta Política. O aumento significativo no número de depósitos de artigos, teses e dissertações no Arca, por exemplo, comprova o sucesso da iniciativa. Até março de 2014, mês de publicação da Política, eram 4.958 trabalhos depositados. Já em setembro de 2015, o repositório já disponibilizava 8.916; ou seja, um aumento de 79,83% em pouco mais de um ano de política.
Outras iniciativas também alinhadas ao movimento do acesso aberto apresentam resultados positivos, como o SciELO Livros em parceria com a Editora Fiocruz, que já resultou em mais de 24,4 milhões de download de livros da Editora Fiocruz por meio do Portal SciELO. O recente Portal de Periódicos da Fiocruz também contribui na disseminação do conhecimento, ao disponibilizar em acesso aberto a produção científica em saúde publicadas nas sete revistas cientificas da Fiocruz.
A política adotada pela Fiocruz fortalece mecanismos de preservação da memória institucional, reduz da possibilidade de plágio aumenta o acesso e o impacto da produção intelectual da Fundação.
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