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Dissertação investiga oferta de vagas para Residência Médica em Saúde da Família


06/03/2014

Por: Amanda de Sá/Informe Ensp

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Um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) indicou que a oferta de vagas de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade (MFC) no Brasil - hoje, de 1047 por ano - está abaixo das necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). A conclusão levou em conta a expectativa do Ministério da Saúde de implantar um total de 40 mil equipes de Saúde da Família em médio prazo, o que torna a formação específica em MFC estratégica para a consolidação de um projeto nacional. 

Por meio do relato de experiência em dois programas de residência no Brasil - do Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar de Porto Alegre e da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro - o estudo diagnosticou nos dois casos a ausência de projetos político-pedagógicos e de objetivos de aprendizagem construídos de forma clara e em consonância com as diretrizes do SUS. 

Segundo o autor da pesquisa, Pedro Rocha Pitta, a Medicina de Família e Comunidade como especialidade médica consiste em cuidar de forma longitudinal, integral e coordenada da saúde de uma pessoa, o que a torna inseparável dos serviços de Atenção Primária à Saúde. Neste sentido, o estudo informa que um grupo de preceptores da Secretaria Municipal de Saúde do Rio trabalha para tentar definir habilidades e competências, associados a metodologias específicas de ensino e avaliação.

Possíveis direções para a formação adequada de um Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade já são apontadas pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, em consonância com as propostas do SUS e objetivando o fortalecimento da Estratégia Saúde da Família no Brasil. Os Ministérios da Saúde e da Educação também lançaram em janeiro algumas orientações sobre o tema, através de Portaria conjunta que relaciona os principais dilemas da formação em MFC.

Mais informações

Intitulada 'Residência em Medicina de Família e Comunidade: dois programas brasileiros', a dissertação foi apresentada como resultado final do Mestrado Profissionalizante em Saúde Pública da Ensp. Seu autor, Pedro de Gales Perpétuo Rocha Pitta Sampaio, possui graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e residência médica pelo Programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade do Grupo Hospitalar Conceição (PRMFC-GHC/Porto Alegre). 

Saiba mais no Informe Ensp.

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