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Revista 'Ciência & Saúde Coletiva' tem nova edição on-line


30/09/2013

Fonte: Informe Ensp

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Pesquisas em saúde mental: o desafio de pesquisar inovações nas práticas concretas de saúde é o tema central do volume 18, número 10, da revista Ciência e Saúde Coletiva. A publicação, disponível on-line, trata de temas inéditos e fundamentais em saúde mental que destacam as rupturas éticas que se produziram no cenário das formulações políticas e as marcantes mudanças e inovações das práticas assistenciais nas últimas três décadas. Novas configurações de redes de serviços, novas formas de organização dos cuidados clínicos e de reabilitação psicossocial trazem, ao mesmo tempo, porém, novas questões, que este número temático tenta contemplar do ponto de vista teórico, metodológico e ético-político.

Em A busca da verdade no campo científico da saúde, a pesquisadora Cecília Minayo (Ensp), que também é editora-chefe desta publicação, apresenta quatro pontos sobre os trabalhos de revisão da literatura que buscam o aprimoramento dos diagnósticos e das intervenções na área da saúde. O primeiro apresentado pela autora é a favor de uma ciência que valoriza a pluralidade dos sujeitos e das racionalidades. O segundo diz respeito a questões epistemológicas na área. Já o terceiro é de ordem filosófica, fundamentada em autores que mostram ser impossível atingir a verdade absoluta, mesmo quando se faz uso de múltiplas abordagens teóricas e metodológicas. Por fim, Minayo destaca as dificuldades que tais problemas filosóficos trazem para a aplicação dos métodos científicos.

As pesquisadoras do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Carelli (Claves/Ensp/Fiocruz) Fátima Gonçalves Cavalcante, Cecília Minayo e Raimunda Matilde do Nascimento Mangas, no artigo Diferentes faces da depressão no suicídio em idosos, trazem uma predominância de gênero, classe social e raça – mulheres, classe média e alta, brancos – e contextualiza de modo inédito a depressão numa população de alto risco de suicídio, pouco estudada no Brasil e no mundo. Segundo as autoras, ‘a depressão apareceu na quase totalidade dos casos como diagnóstico primário ou secundário, como sintoma associado a outras comorbidades ou como reação a estressores sociais, demandando diferentes condutas e procedimentos terapêuticos’.

No trabalho Violência psicológica e contexto familiar de adolescentes usuários de serviços ambulatoriais em um hospital pediátrico público terciário, Cecy Dunshee de Abranches (IFF/Fiocruz), em parceria com Simone Gonçalves de Assis e Thiago de Oliveira Pires, ambos da Ensp, buscou investigar a associação da violência psicológica (VP) na adolescência com fatores sociodemográficos, estrutura/relacionamento familiar e outras formas de maus-tratos. Duzentos e vinte e nove adolescentes (11-18 anos) responderam a um questionário em serviços ambulatoriais de um hospital pediátrico público terciário. Encontrou-se que 26,4% dos entrevistados sofrem VP severa no contexto familiar, e apenas cinco relataram não sofrer qualquer tipo de VP familiar, o que sugere que essa violência é considerada uma forma corriqueira de relacionamento familiar.

A íntegra do volume 18, número 10 da revista Ciência e Saúde Coletiva pode ser lida on-line.

Leia mais no Informe Ensp.

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