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Politécnica divulga nota de repúdio à violência policial no Complexo da Maré


27/02/2015

Fonte: EPSJV/Fiocruz

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A direção da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) vem a público manifestar o seu repúdio à brutal repressão da Polícia Militar e do Exército ao Protesto em Favor da Vida no Complexo da Maré, realizado por moradores no último dia 23 e motivado pela sequência de mortes ocorridas ao longo do mês de fevereiro. Tudo isso acontece em meio à ocupação do Exército Brasileiro, que completará um ano em abril.

No dia 21/2, cinco pessoas foram alvejadas na Vila do Pinheiro, dentro de uma kombi que fazia a rota Maré-Bonsucesso. No dia 20, o pedreiro Rivaldo, confundido com um traficante, foi assassinado enquanto trabalhava, na Vila do João. Antes, no dia 12, cinco amigos voltavam de uma festa quando tiveram o carro fuzilado por militares no Salsa e Merengue. Um dos ocupantes do veículo teve a perna amputada e continua internado em estado grave.

O clima já era tenso desde antes do ato, que tinha sua concentração marcada para as 18h, no ponto de mototáxi da Vila do João. Famílias e apoiadores chegaram com cartazes pedindo justiça por seus mortos. Estiveram presentes parlamentares e entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.

Os atos de violência policial que se seguiram contra os moradores em protesto pacífico não foram e não serão fartamente noticiados pela mídia convencional: spray de pimenta, bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e munição pesada, como é o costume na repressão às favelas. 

Além de repudiar a repressão à manifestação, a direção da EPSJV/Fiocruz reafirma seu apoio aos moradores do Conjunto de Favelas da Maré em sua legítima luta por dignidade e pelo direito à vida.

Direção da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz

26 de fevereiro de 2015

 

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