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Pesquisa aborda segurança do paciente pediátrico


05/05/2014

Fonte: Isabela Schincariol/Informe Ensp

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Erros de preparo e administração de medicamentos são comuns no ambiente hospitalar. Este risco é ainda maior quando se trata de pacientes pediátricos. Uma análise das ocorrências de erros desta natureza, realizados em uma enfermaria pediátrica, apontou que quase 67% dos erros se referem ao preparo e mais de 87% são erros relacionados à administração de medicamentos. E a maioria dos erros está relacionada aos processos de trabalho e não ao profissional isoladamente.

Os dados são da dissertação apresentada no final de abril na Escola de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), que concluiu que os erros de administração medicamentosa, um grave problema de saúde pública, ocorrem em todas as etapas do sistema de medicação, trazendo prejuízos tanto para o paciente e seus familiares quanto para os profissionais e sistemas de saúde. A pesquisa recomenda que a detecção desses erros em potencial seja uma rotina, apontando as fragilidades do sistema e permitindo melhorá-lo.

A pesquisa foi desenvolvida pela farmacêutica Suiane Baptista em uma enfermaria pediátrica de um hospital público do Rio de Janeiro, com orientação do pesquisador do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde Pública da Ensp Walter Mendes. Foram observados os profissionais de enfermagem durante os processos de preparo e administração de medicamentos por 23 dias, em todas as equipes, todos os turnos (noite e dia) e dias da semana, incluindo fins de semana.

O tema do trabalho foi escolhido pela aluna por ser sua área de atuação. Em sua opinião, a experiência de estar na enfermaria e conviver com os pacientes e seus familiares, com a enfermagem e diversos profissionais mostrou a necessidade do farmacêutico estar mais próximo à realidade, conhecendo suas dificuldades e entendendo a melhor forma de contribuir para a qualidade do cuidado.

“A participação do farmacêutico nos rounds, sua inserção no planejamento e execução de educação permanente em conjunto com a enfermagem, e seu auxílio na elaboração de protocolos para ao preparo e administração podem ser os primeiros passos para a aproximação do profissional com a realidade clínica do paciente”, descreveu a pesquisadora. 

Saiba mais no Informe Ensp.

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