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Inscrições para o 2º Seminário Mulheres Fazendo Ciência terminam em 24/3


23/03/2015

Por: Graça Portela (Icict/Fiocruz)

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Estão abertas até o dia 24/03, terça-feira, as inscrições para o 2º Seminário Mulheres Fazendo Ciência, organizado pelo Comitê Nacional Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, que ocorrerá nos dias 26 e 27 de março de 2015, no auditório do Museu da Vida.

Durante o evento, que contará com a presença do presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, serão realizadas palestras como a “Trajetória de luta das mulheres brasileiras por seus direitos”, com a ex-Secretária Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire; “Questão étnico-racial no processo de formação profissional”, com Roseli Rocha, do IFF/Fiocruz; “Prevenção à violência contra mulheres: um trabalho com homens jovens e adultos nas comunidades do Rio”, com Vanessa Fonseca (Instituto Promundo); “Aborto e estigma – como o estigma opera na área médica”, com Leila Adess (IFF/Fiocruz), dentre outras.

A bibliotecária do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) , a pesquisadora Jeorgina Gentil, que defendeu sua tese de doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/Icict), em fevereiro de 2014, e que falará no 2º Seminário sobre “Gênero, Ciência & Tecnologia e Saúde: apontamentos da participação feminina na pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz”, na quinta-feira (26/3), às 15h, comentou, em entrevista ao site do Icict, a presença feminina na Ciência na Fiocruz:

Como surgiu o seu interesse em pesquisar a participação feminina na gestão da pesquisa e ensino na Fiocruz?

A opção por trabalhar com a temática “ciência e gênero” não resultou diretamente da minha experiência como bibliotecária, embora ela a tenha de certa forma influenciado. A ideia para o projeto da tese se delineou a partir de uma conversa com a Drª Maria Cristina Soares Guimarães, pesquisadora do Icict, que acabou sendo minha orientadora no PPGICS. Embora não totalmente familiarizada com o tema, aderi à proposta.

Em seus estudos, o que mais lhe chamou a atenção?

Apesar de alguns progressos verificados em relação à igualdade de participação de mulheres e homens no mercado de trabalho, a situação das mulheres no domínio das áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (CTEM) continua deficitária e ainda persistem em diversas sociedades, devido a uma “cultura científica” centrada em valores masculinos.

Em suas apresentações, você destaca que as mulheres têm uma produção científica menor que a dos homens. A que você atribui isso e o que pode ser feito para equilibrar a situação?

Os problemas de trabalhar e ter família são os mesmos para homens e mulheres, mas a tradição patriarcal considera que cuidar da casa e dos filhos é “trabalho de mulher”. O que falta é a maior participação dos homens (maridos ou parceiros) nas atribuições domésticas e criação dos filhos. As organizações devem garantir creches e maior flexibilidade de horário no local de trabalho.

Quais as perspectivas da participação feminina na gestão da pesquisa e ensino na Fiocruz?

As evidências apontam que as servidoras doutoras da Fiocruz têm participado cada vez mais das atividades de Ciência & Tecnologia nacionais. Nas instâncias propositivas internas da Fiocruz, já se vislumbra um número crescente de mulheres em postos–chave na Fundação. Mas os desafios continuam, ainda são poucas que ocupam os cargos de alta direção da Fiocruz.

Para se inscrever no 2º Seminário Mulheres fazendo Ciência, os interessados devem baixar o formulário, preenchê-lo e enviá-lo para o e-mail elizabethf@cpqrr.fiocruz.br. Conheça a programação.

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