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Fiocruz lança e-book sobre percurso avaliativo de cursos de especialização


07/07/2022

Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

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 Avaliação institucional na perspectiva da educação: o modelo de autoavaliação da Escola de Governo Fiocruz
Muito se sabe sobre as iniciativas de educação da Fundação, especialmente no que se refere à oferta de cursos sobre diversas áreas da saúde e em diferentes níveis de formação. O que pouca gente sabe são os caminhos que uma instituição como a Fiocruz — comprometida com a formação de recursos humanos em saúde — trilha para oferecer seus cursos, em permanente busca pela inovação e qualidade na pós-graduação lato sensu. Para refletir sobre o percurso avaliativo dos cursos de especialização nos últimos anos, e aprimorar o planejamento estratégico da instituição na área, a Fundação lança o e-book Avaliação institucional na perspectiva da educação: o modelo de autoavaliação da Escola de Governo Fiocruz. A publicação está disponível em acesso aberto.

O lançamento institucional oficial aconteceu em 15/6, durante a oficina de compartilhamento A experiência da Escola de Governo Fiocruz no processo de autoavaliação, um encontro voltado a profissionais de diversos setores e perfis atuantes na gestão educacional da Fiocruz. Esse projeto foi desenvolvido sob a responsabilidade da coordenadora-geral de Educação da Fiocruz (CGE/VPEIC), Cristina Guilam, e a coordenadora adjunta do Lato Sensu, Isabella Delgado, que também é organizadora da obra juntamente com a presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA-Fiocruz), Adriana Geisler.

O desenvolvimento de competências e o acúmulo de expertises durante a trajetória

Adriana enfatizou que a ideia do e-book é dar visibilidade a todo o percurso traçado durante o primeiro ciclo autoavaliativo das especializações da Fiocruz, desde a preparação da instituição para o seu credenciamento como Escola de Governo até o modelo de autoavaliação participativo, democrático e emancipatório construído no processo. A publicação, segundo ela, “volta-se não somente à comunidade acadêmica da Fiocruz, mas, considerando que esta é uma instituição incubadora e de inovação, volta-se também às escolas não universitárias de saúde interessadas em pôr em curso suas próprias autoavaliações”, detalhou

Como um ganho institucional, Adriana apontou que o livro registra um conhecimento sobre o fazer autoavaliativo, que pode servir de base para novos ciclos dentro na própria Fiocruz. Além disso, ela ressaltou que, dada a relação entre avaliação e planejamento, “os resultados encontrados e registrados na publicação podem - e devem - ser usados como insumos ao planejamento da Fiocruz, tendo como horizonte um modelo de ensino lato sensu tão criativo e coerente com a identidade institucional quanto afinado com os propósitos e as diretrizes do MEC”.

O credenciamento como Escola de Governo, a autoavaliação e seu plano estratégico

Segundo as organizadoras, o livro se divide em três capítulos. O primeiro resgata, de maneira muito breve, o processo de credenciamento da Fiocruz como escola de governo, bem como o papel da Comissão Própria de Avaliação (CPA) nesse processo. O capítulo reafirma a importância da Fiocruz para a Saúde Pública, ao longo de sua existência, ressaltando a gama de cursos oferecidos pela instituição e a capilaridade nacional das especializações, presenciais e à distância, como uma de suas atividades estratégicas na formação de trabalhadores em saúde. Ele também traz momentos do processo de credenciamento da Fiocruz como escola de governo, lembrando que essa mudança foi uma exigência da Resolução CNE/CES nº 07/2011, que extinguiu os credenciamentos especiais e exigiu das instituições não universitárias, que é o caso da Fundação, essa formalização para a continuidade da oferta de cursos de especialização.

A segunda parte da publicação discorre sobre os princípios fundamentais que devem nortear — e nortearam — o processo de autoavaliação institucional da educação que é oferecida pela Fiocruz. Considerando o processo de credenciamento da Escola de Governo Fiocruz (EGF), o capítulo dois apresenta e analisa os pressupostos legais que ampararam os debates, a elaboração e a implementação da proposta de autoavaliação institucional, iniciando por evidenciar as relações entre o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e o Sistema de Avaliação de Escolas de Governo (Saeg). Os aspectos teóricos fundamentais que nortearam a construção da proposta de autoavaliação da EGF, seus modelos orientadores e aspectos técnicos incorporados também são analisados nessa seção do livro.

O terceiro e último capítulo traz o detalhamento metodológico do plano estratégico da autoavaliação, elaborado pela CPA, elucidando o tipo de pesquisa/intervenção proposta; a estratégia utilizada para operacionalizar os princípios teórico-metodológicos assumidos pela pesquisa-ação, bem como o desenho dos instrumentos e métodos escolhidos; as ações previstas no Plano; a explicitação de como foi feita a análise dos dados coletados utilizando-se o questionário aplicado aos segmentos docentes, discentes e aos técnicos administrativos, e, por fim, os resultados encontrados.

A CPA-Fiocruz

A Comissão Própria de Avaliação da Fiocruz (CPA-Fiocruz) foi instaurada em fevereiro de 2016, a partir da Portaria 200/2016. Entre as suas atribuições está a sistematização e análise das informações do processo de autoavaliação da Fiocruz, bem como a prestação de informações da Presidência da Instituição pela Secretaria de Regulação do Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A CPA foi criada dentro do contexto de credenciamento institucional da Fundação como Escola de Governo (EGF), uma das exigências desse processo; e é composta, originalmente, de 12 membros, representantes da comunidade interna, de instituições externas vinculadas à educação em saúde e de representantes da sociedade civil organizada.

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