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Crianças e a exposição às telas foi tema de encontro virtual do Diálogos com a Enfermagem


27/07/2020

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Um artigo publicado no periódico britânico Archives of Disease in Childhood indicou a necessidade de restringir o tempo de exposição de crianças e adolescentes a aparelhos com telas, como televisões, computadores, videogames, tablets e até smartphones. O pesquisador Aric Sigman, autor do estudo, alertava para o fato de que, além de estarem passando cada vez mais tempo em frente a telas, as crianças são expostas a esse tipo de tecnologia cada vez mais cedo, aumentando o risco de problemas como o déficit de atenção. Para falar mais a respeito desse assunto, a médica oftalmologista Liana Tito Francisco, foi a convidada do último Diálogos com a Enfermagem: Vivenciando a Maternidade no Trabalho, que foi mediado pela enfermeira do Nust/CST/Cogepe, Michelle Caldas. 

Liana salientou os perigos que uma exposição prolongada a telas pode trazer para crianças e adolescentes e o que pode ser feito para diminuí-los. “Essa exposição prolongada acarreta diversos problemas de saúde e pode causar impactos negativos na cognição e habilidade psicossocial do indivíduo. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda o uso máximo de tela de duas horas por dia para crianças acima de seis anos e adolescentes, já que essa atividade tem efeitos positivos e negativos sobre o desenvolvimento saudável e a qualidade do sono. Para crianças abaixo de 18 meses, recomenda-se nenhum tempo de telas, salvo, por exemplo, chamadas de vídeo para promover interação”, salientou. 

Já a Academia Americana de Pediatria (AAP) faz uma recomendação de acordo com a idade. “Os pais de crianças de 18 a 24 meses de idade que desejarem introduzir mídia digital devem escolher uma programação de alta qualidade e assistir com os filhos para ajudá-los a entender o que estão vendo. Para crianças de dois a cinco anos, limite o uso da tela a uma hora por dia, com programas de alta qualidade. Os pais devem supervisionar as mídias com as crianças para ajudá-los a entender o que estão vendo e aplicá-lo ao mundo ao seu redor.  Para crianças com seis anos de idade ou mais, estabeleça limites consistentes para o tempo gasto usando a mídia e os tipos de mídia, e se certifique de que a mídia não substitua o sono adequado, a atividade física e outros comportamentos essenciais à saúde. Designe tempos livres de mídia juntos, bem como locais sem mídia em casa, como quartos. Tenha uma comunicação contínua sobre cidadania e segurança online, incluindo tratar os outros com respeito online e offline. O uso de telas deve ser consciente e orientado para crianças e adolescentes, sempre com o intuito educativo, para ensinar e aprender algo que possam reproduzir na vida real”, orienta a Academia. 

O encontro na íntegra está disponível no canal da Cogepe no Youtube. Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=cwRgFjX3KDw e se inscreva no canal! 

Sobre a iniciativa 

O projeto Diálogos com a Enfermagem: vivenciando a maternidade no trabalho é coordenado pelas enfermeiras da Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST/Cogepe) Michelle Caldas e Isis Leticia Brasil e faz parte do Programa Fiocruz Saudável, que tem como objetivo integrar as dimensões de saúde do trabalhador, biossegurança e gestão ambiental para desenvolver ações concretas que resultem na melhoria da saúde dos trabalhadores da comunidade Fiocruz. Para cumprir esses objetivos, o programa desenvolve ações que incentivam a participação dos trabalhadores em ações e estratégias que visam a promoção da saúde, bem como, a diminuição de riscos à saúde e redução do impacto ambiental gerado pelas atividades da instituição. 

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