06/09/2018
Fiocruz e DNDi
A Fiocruz e a organização internacional DNDi (Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas) lançaram no dia 5/9, durante o Congresso Brasileiro de Medicina Tropical, o Programa de Eliminação de Barreiras, uma parceria para melhorar o acesso a diagnóstico e tratamento para a doença de Chagas no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, entre 1,9 e 4,6 milhões sofrem da doença no país, que, sendo assintomática em sua fase aguda, costuma progredir silenciosamente e pode afetar órgãos vitais como o coração na fase crônica, o que representa risco de vida para a pessoa infectada.
Entre as principais dificuldades apontadas pelos profissionais de saúde estão o desconhecimento e falta de capacitação. Além disso, há baixa integração entre a vigilância e atenção em saúde e falta uma atenção integral para o manejo de complicações cardíacas. A parceria entre a Fiocruz e a DNDi se configura como uma estratégia de integração para fortalecer as ações junto a outras instituições de pesquisa, Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde e a área técnica do Ministério da Saúde. Durante o Congresso Brasileiro de Medicina Tropical será realizado um seminário sobre a doença, no qual os profissionais vão discutir um plano de ação para o Programa de Eliminação de Barreiras.
“A DNDi trabalha há muitos anos na área de pesquisa e desenvolvimento para doença de Chagas, para fortalecer as capacidades do sistema de saúde. Na Colômbia, após a simplificação do teste diagnóstico, foi possível aumentar em cerca de 1000% o acesso a diagnóstico nas áreas onde foi realizado o projeto piloto deste estudo e foi realizada, ainda, capacitação de todo o pessoal de saúde”, ilustra Andrea Marchiol, gerente do Projeto de Acesso em Chagas da DNDi.
Desde o descobrimento em 1909, por Carlos Chagas, a Fiocruz promove iniciativas que vão da pesquisa básica, que investiga os mecanismos da doença e novas abordagens terapêuticas, a ações de educação junto à população e profissionais do Sistema Única de Saúde (SUS) em áreas de vulnerabilidade. Atualmente, a Fundação realiza atividades educativas nos estados do Pará, Ceará e Piauí, e promove a atenção integral ao paciente. “Este tipo de trabalho reforça o papel da Fiocruz como instituição estratégica de Estado, o que contribui para o fortalecimento do SUS e da atenção básica, como fundamental para a promoção da saúde”, destaca Marco Menezes, vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz.
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