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Universidade de Southampton visita laboratórios da Fiocruz


14/12/2017

Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)

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Um grupo de pesquisadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido, veio ao Brasil em novembro para conhecer um pouco mais sobre as pesquisas desenvolvidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A visita teve por objetivo estreitar relações com especialistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas) envolvidos em estudos nas áreas de infecção e imunidade, imunologia translacional, saúde pública e saúde global. A Universidade de Southampton conta com um centro de medicina experimental translacional, além de linhas de pesquisas interdisciplinares sobre engenharia e geografia. 

Especialistas do Laboratório de Pesquisa sobre o Timo do IOC/Fiocruz e da Universidade de Southampton estudam parcerias nas áreas da neuroinflamação e imunobiologia (foto: Lucas Rocha, IOC/Fiocruz)

 

“Viemos ao Brasil fazer uma busca ativa de colaborações de alta qualidade que podem acontecer entre os pesquisadores da Fiocruz e de Southampton. Temos um senso complementar de pesquisa muito forte e acredito que poderemos trabalhar juntos para aprimorar a ciência desenvolvida nas duas instituições em um caminho de benefício mútuo”, destacou Robert Charles Read, professor de Doenças Infecciosas e chefe da Unidade Acadêmica Ciências Clínicas e Experimentais em Medicina da Universidade de Southampton.

Os pesquisadores visitaram o Laboratório de Pesquisa sobre o Timo do IOC/Fiocruz, onde são desenvolvidos estudos nas áreas de imunologia básica e aplicada, além de investigações sobre a atividade imunológica em condições normais e patológicas, como a reação do organismo diante de doenças parasitárias e imunes. “Identificamos pontos de cruzamento entre as pesquisas desenvolvidas pelas duas instituições, com destaque para as áreas de imunobiologia do câncer e de neuroinflamação. Além de fomentar parcerias, esse tipo de contato permite conhecer de forma mais aprofundada o que tem sido alvo de pesquisa na área”, pontuou Vinicius Cotta, chefe do Laboratório de Pesquisa sobre o Timo.

Os especialistas britânicos também conheceram as atividades do Laboratório de Pesquisa em Malária, referência nacional para o diagnóstico da doença na região Extra-Amazônica. Além de um panorama sobre a malária no Brasil, eles foram apresentados a estudos que buscam novas formas de diagnóstico e alternativas de tratamento e de imunização para o agravo, com o objetivo de contribuir para o controle da endemia. O Laboratório de Pesquisa em Leishmaniose, Centro de Referência para Tipagem de Leishmania da Organização Mundial da Saúde (OMS), também fez parte do roteiro de visitas. No espaço, são realizados estudos sobre os diferentes aspectos da infecção causada por parasitos do gênero Leishmania, os fatores determinantes para o prognóstico da doença, e o mapeamento geográfico dos agentes etiológicos das leishmanioses nas Américas.

“Todas as vezes em que vim ao Brasil, eu sempre fiquei bastante impressionado com a qualidade da ciência e o entusiasmo dos pesquisadores em trabalhar de forma conjunta. Esse encontro foi apenas o começo de uma conversa, estou bem confiante em futuras parcerias científicas envolvendo pesquisadores e estudantes também”, ressaltou David Wilson, reitor associado para Internacionalização e professor de Genética do Desenvolvimento Humano da Universidade de Southampton. Também participaram da visita os pesquisadores Tim Elliot, professor de Oncologia Experimental, e Marta Ewa Polak, líder do grupo de Imunologia de Sistemas em Medicina da Universidade de Southampton.

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