Comissão de Alto Nível da Opas se reúne para estudar desigualdades em saúde nas Américas

A Comissão de Alto Nível de Avaliação de Equidade e Desigualdades na Saúde nas Américas, da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), reuniu-se pela segunda vez no começo de outubro para levar adiantar o primeiro esforço em grande escala para reunir provas sobre as desigualdades em saúde no continente americano. O coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz, Paulo Buss, é um dos integranes do grupo.

A comissão foi criada há apenas cinco meses para aprofundar os conhecimentos sobre os principais determinantes sociais da saúde nas Américas, com forte ênfase sobre fatores que influenciam a saúde como gênero, etnicidade, economia, respeito aos direitos humanos, cultura, política e meio-ambiente. O grupo, que trabalha de acordo com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, das Nações Unidas, e com o Plano Estratégico 2014-2019 da Opas/OMS, tem o propósito de, após desenvolver análise minuciosa das desigualdes em saúde no continente, formular recomendações práticas e eficazes em termos de políticas públicas capazes de reduzir as inequidades nas Américas.

A comissão é presidida por Sir Michael Marmot, ex-presidente da Comissão Global sobre Determinantes em Saúde, e reúne mais de uma dezena de especialistas internacionais em política sanitária e determinantes sociais da saúde. Além de Buss e Marmot, integram o grupo César Victora, do Brasil, Nila Heredia, da Bolívia, Tracy Robinson, da Jamaica, Cindy Blackstock, do Canadá, Mirna Cunningham, da Nicarágua, María Paula Romo, do Equador, Pastor Murillo, da Colômbia, Mabel Bianco, da Argentina, e David Satcher, Kathy Greenlee e Victor Abramovich, dos Estados Unidos.