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Vice-presidente da Fiocruz discursa sobre Aedes aegypti no Senado


26/02/2016

Agência Senado

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O vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Valcler Rangel, afirmou, na sessão de debates do Senado nesta quinta-feira (25/2), que as epidemias de dengue, zika e chikungunya são um problema extremamente complexo. Ele explicou que a transmissibilidade dos vírus é o mais difícil de solucionar, e que já são oito séculos de doenças similares à dengue transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Já são oito séculos de doenças similares à dengue transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, explica Rangel

 

Rangel afirmou que, devido à complexidade do problema, é preciso enfrentá-lo com a ciência, com a ação do poder público, da sociedade civil e com a ação individual. No caso da Fiocruz, ele deu vários exemplos de como a ciência tem ajudado a enfrentar essa questão. "Nós na Fiocruz tratamos isso num plano de enfrentamento dessa questão quando nós passamos a trabalhar com ela em novembro do ano passado. Nós constituímos um gabinete de coordenação das ações da Fiocruz e traçamos o nosso plano nessas dimensões: na atenção, na vigilância, no laboratório, no ensino, na mobilização social, na pesquisa e na comunicação e informação", afirmou.

Em relação às pesquisas, Rangel destacou que o vírus zika está presente no líquido amniótico das gestantes e que há transmissão pela placenta. Segundo ele, esses achados, assim como a detecção do vírus zika em saliva e urina, com um potencial de transmissão a ser investigado, vão dando à instituição o direcionamento para as pesquisas. Além disso, Rangel explicou que serão feitos estudos de longo prazo com o acompanhamento das gestantes e das crianças durante um tempo para ver que outras alterações irão apresentar. Entre algumas alterações já identificadas estão o comprometimento da audição e da visão, que a fundação está investigando.

A Fiocruz também apresenta algumas tecnologias para controlar a transmissão pelo mosquito. Rangel deu o exemplo de um larvicida, que os pesquisadores pincelam num balde e quando o mosquito pousa ali, ele poliniza o larvicida em outro criadouro. Outro estudo diz respeito a uma bactéria que é introduzida no mosquito e o impede de transmitir dengue, chikungunya e zika. "A gente está estabelecendo um conjunto de parcerias nacionais e internacionais para conseguir trabalhar isso", esclareceu.

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