04/12/2014
Por Juliana Xavier
A cada ano, quatro milhões de bebês morrem nos primeiros 28 dias de vida. Pensando em colaborar na diminuição dessa taxa, o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) investiu na construção de um novo laboratório de alta complexidade, voltado para análises genéticas. A inauguração acontecerá na próxima segunda-feira, dia 8, às 9h.
Com a proposta de atender tanto ao público interno da Fiocruz, quanto ao externo, o novo laboratório norteará o diagnóstico de patologias como imuno-deficiência primária, sífilis e malformação congênitas, infecções, entre outras. Para tanto, contará com quatro plataformas com o objetivo de ampliar a capacidade diagnóstica e de pesquisa na área de saúde perinatal, permitindo a realização de pesquisas que contribuam para a diminuição da morbi-mortalidade associada à infecção tanto na mãe como no bebê. “Precisamos avançar na capacidade de realização dos exames e na qualidade dos resultados decorrente dos avanços tecnológicos", explicou Kátia Sydronio, vice-diretora de Pesquisa do IFF.
Para a área de atenção à saúde, as novas instalações irão qualificar e direcionar melhor a condução terapêutica dos casos acompanhados pelo Instituto, validando condutas e protocolos clínicos. Já no que tange a pesquisa, os resultados ajudam a dar mais credibilidade ao desempenho dos estudos que são desenvolvidos. “O laboratório se torna ainda mais importante se levarmos em conta a vocação do Instituto junto ao SUS na produção e validação de conhecimento, condutas e protocolos aplicáveis aos problemas de saúde emergentes.”, disse Kátia Sydronio.
A implementação destas tecnologias no IFF possibilitarão consolidar a pesquisa translacional no âmbito da saúde da mulher e da criança, através da aplicação dos conhecimentos gerados na pesquisa básica. “Esse investimento é um ganho para o Instituto, pois começaremos a ter acesso a novas tecnologias, novos exames, novas maneiras de diagnosticar precocemente as doenças e novos métodos de tratamento, possibilitando o diagnóstico mais preciso para o paciente”, finalizou Sayonara Gonzalez, responsável do laboratório de alta complexidade do Instituto.