06/10/2014
Por Lucas Rocha/ IOC
Ciência e arte integradas para promover a saúde, cultura e ensino. A partir desta curiosa união, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) realiza o Simpósio Tecnologias sociais, ciência e arte: encontros, diálogos e experiências no ensino e na promoção da saúde. O encontro, organizado pelo Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC (LITEB), acontece entre os dias 13 e 17 de outubro, no Auditório Maria Deane, Pav. Leônidas Deane, com exposição para visitação livre na Biblioteca de Manguinhos e com oficinas no Museu da Vida ao lado do Foyer.
Mesas-redondas, palestras e exposições compõem a programação, que busca desenvolver a criatividade, interdisciplinaridade e inovação, além de discutir propostas de trabalho a partir da articulação entre os dois temas. As atividades incluem, ainda, a exibição de pôsteres do Laboratório e oficinas lúdicas. Será divulgada a versão brasileira do manifesto ArteCiência (ArtScience), trabalhada nos cursos de Ciência e Arte do IOC no Rio e nas cidades onde se realizam as expedições Fiocruz pelo Brasil sem Miséria, tecnologia social desenvolvida no LITEB. Os interessados em participar podem se inscrever, até o dia 8 de outubro, por meio de formulário disponibilizado online (clique aqui).
Integrado à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), o evento discutirá as tecnologias sociais - conjunto de técnicas, produtos e metodologias desenvolvidas por pesquisadores com o auxílio da população e agregadoras de valor econômico ou social. “O diferencial da tecnologia social, que visa abordar problemas como a geração de renda ou promoção da saúde, é a sua capacidade de apropriação por parte dos indivíduos, por meio de um processo que passa a ser construído e modificado pela própria comunidade”, explicou a pesquisadora Tania Araújo Jorge, chefe do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos. A iniciativa é coordenada pelo Grupo de Pesquisa Ciência, Arte, Saúde e Alegria: Cultura e Desenvolvimento, vinculado ao Laboratório.
Programação
A abertura do Simpósio contará com a presença de diretores do Museu de Arte do Rio, Janaina Melo e Tiago Cacique Moraes, que lá implementam ‘uma escola do olhar’, da pesquisadora do Núcleo de Estudos em Políticas Públicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ana Fonseca, e o consultor do Ministério da Cultura, Marcos Franklin, que abordam o tópico Superação da pobreza: desafios, práticas, políticas e as expedições Fiocruz Brasil sem Miséria. Outros destaques da programação são a palestra ArteCiência: um método, um manifesto, organizada pela equipe do Laboratório, e a mesa de debates ‘Ciência, Arte e Ensino’, com participação de Sheila Ferraz, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz); Nilton Bahlis do Núcleo de Experimentações de Tecnologias Interativas (NExT/Icict); Leonardo Fuks da escola de Música da UFRJ e Leonardo Moraes do Sesc.
Já o encerramento do Simpósio será realizado durante o Centro de Estudos do IOC, no dia 17 de outubro, que receberá a professora da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, Antonia Bezerra. A especialista ministrará a palestra A Arte é estruturante: pesquisa e ensino em Arte no Brasil em diálogo com a ciência. Atriz e dramaturga, Antonia coordena a Área de Artes/Música na CAPES. Conheça a programação completa.
Biodiversidade e reciclagem em exposição
A fauna, flora, elementos da biodiversidade e o equilíbrio ambiental são o tema da exposição Tom e Contra-tom, com o apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Já A Arte que vem do lixo – a comunidade de Manguinhos na SNCT apresenta obras de arte composta por peças recicladas. O público pode apreciar as mostras na Biblioteca de Manguinhos, localizada no Pav. Haity Moussatché (Av. Brasil 4365, Manguinhos, RJ).