04/10/2013
Fonte: Instituto Oswaldo Cruz
Obesidade, hipertensão arterial, sedentarismo e maus hábitos alimentares são alguns dos fatores diretamente relacionados à síndrome metabólica. A doença, considerada um mal moderno, é avaliada principalmente pela circunferência do abdômen e aumenta significativamente as chances do surgimento de problemas cardiovasculares e diabetes. Em recente estudo produzido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), especialistas testaram os efeitos de medicamentos anti-hipertensivos que já estão disponíveis no mercado como possíveis alternativas de tratamento para a síndrome metabólica. Nos experimentos realizados em ratos, foram observados benefícios como a redução das taxas de açúcar e de colesterol no sangue.
Um dos principais ganhos em estudos como este é que, ao testar a possibilidade de novas aplicações para fármacos já disponíveis no mercado, corta-se uma série de etapas. Questões regulatórias, aprovações para comercialização, definição de dosagem e numerosos aspectos que estariam relacionados ao estudo de uma substância recém-descoberta não se aplicam, ou se aplicam apenas parcialmente. O resultado é a tendência de maior velocidade entre a descoberta científica realizada sobre a substância nas bancadas de laboratório e sua liberação para ser receitada nos consultórios médicos.
O estudo foi tema da tese de doutorado do farmacêutico Alessandro Rodrigues do Nascimento, defendida no Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Celular e Molecular do IOC. O trabalho, desenvolvido sob orientação dos pesquisadores do Laboratório de Investigação Cardiovascular, Eduardo Vera Tibiriçá e Marcos Adriano da Rocha Lessa, é uma das primeiras defesas realizada em cotutela com a Universidade de Strasbourg, na França, por meio da coorientação do pesquisador Pascal Bousquet, em regime de dupla titulação.
Leia mais sobre o modelo experimental e os resultados no site do IOC.