24/01/2013
Por: Danielle Monteiro / Agência Fiocruz de Notícias
Responsável por aproximadamente 7 milhões de óbitos no mundo, o câncer é atualmente um grave problema de saúde pública que acomete os diversos grupos etários, inclusive crianças. O câncer infantil corresponde a 3% dos casos de tumores malignos no mundo, sendo diagnosticados mais de 160 mil casos mundiais por ano. Porém, estudos recentes revelam que a incidência da doença no grupo etário vem se estabilizando mundialmente desde 1990. E, no que diz respeito à tendência de morte pela doença em crianças brasileiras, as notícias também são animadoras. É o que indica a dissertação de mestrado Câncer da infância e da adolescência – tendência de mortalidade em menores de 20 anos no Brasil, apresentada na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). Desenvolvida por Débora Santos da Silva, do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o estudo reflete uma possível redução ou estabilidade da mortalidade pela doença nessa parcela da população.
Baseado em dados de óbito por câncer em menores de 20 anos no país, obtidos do Sistema de Informações sobre Mortalidade/Datasus, o estudo está estruturado sob a forma de dois artigos. O primeiro analisa a tendência da mortalidade pela doença na população com menos de 20 anos de idade, segundo sexo e faixa etária, no Brasil e em suas cinco regiões geográficas.
Já o segundo aborda a mortalidade por leucemias e linfomas - as neoplasias hematológicas mais frequentes em crianças e adolescentes - em menores de vinte anos nas capitais brasileiras que dispõem de Registros de Câncer de Base Populacional. “A análise das tendências de mortalidade por câncer infantil pode fornecer subsídios para avaliar a efetividade das estratégias de detecção precoce e intervenção, voltadas para esse grupo populacional, que vêm sendo executadas no país. Além disso, são análises de baixo custo e fácil execução”, argumentam as pesquisadoras.
Ao analisar o padrão de distribuição da mortalidade por câncer quanto ao sexo e faixa etária nas diferentes regiões brasileiras, no período de 1981 a 2008, o estudo revelou redução das taxas de mortalidade pela doença em menores de 20 anos. “Esse declínio da mortalidade pode, em parte, ser explicado pela melhora na terapêutica contra o câncer, sobretudo para a leucemia infantil”, declaram as estudiosas.
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