Fiocruz

Fundação Oswaldo Cruz uma instituição a serviço da vida

Início do conteúdo

Democracia e representatividade dão o tom de debate com Mario Moreira


23/10/2024

CCS/Fiocruz

Compartilhar:

Pensar a Fiocruz não apenas para o próximo mandato, mas para as próximas décadas. Esse foi o mote do debate promovido pela Comissão Eleitoral com o candidato à reeleição para a Presidência da Fiocruz, Mario Moreira. Provocado a discutir temas como crise climática, inovação tecnológica e equidade por três convidados externos, o candidato discorreu sobre suas propostas de campanha e respondeu perguntas dos presentes no Auditório do Museu da Vida, no Campus Manguinhos. 

A presidente da Comissão Eleitoral, Maria do Carmo Leal, abriu o evento e apresentou os convidados: a secretária-executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS/SRI/PR), Raimunda Monteiro; a jornalista e liderança da Frente de Mobilização da Maré, Gizele Martins; e o presidente da Faperj, Jerson Lima Silva. Maria do Carmo falou da importância do processo democrático de eleição interna, agradeceu a presença dos convidados e franqueou a palavra pra o candidato. 

Formação de lideranças e escuta da sociedade 

Mario Moreira reafirmou o papel da Fiocruz como uma instituição estratégica do Estado brasileiro e destacou as muitas dificuldades de governança por questões jurídicas e administrativas. No balanço da campanha, o presidente avaliou como positivos os diálogos ‘multidimensionais’ com as unidades, grupos profissionais e setores. “Fiz uma varredura para escutar. A Presidência isola muito as pessoas do ponto de vista da percepção de questões que são próprias das unidades”, afirmou.  

Convidados externos levantaram discussões sobre crise climática, diversidade e incentivo à pesquisa. Foto: Gutemberg Brito

No fim do debate, o presidente levantou questões internas que considera relevantes. Mario salientou a importância da formação de lideranças e da melhoria dos mecanismos de escuta a sociedade, assim como da convocação da sociedade para participar dos processos políticos da Fundação. “Vamos ter muita construção coletiva. Nosso congresso interno tende a ter uma densidade política muito grande para discutir a Fiocruz do futuro. Qual é essa Fiocruz que a gente projeta numa perspectiva do desenvolvimento científico, tecnológico, dos territórios, do clima, da transição demográfica?”, perguntou. 

No início do evento, os convidados e demais presentes assistiram ao vídeo em que a presidente da Comissão Eleitoral, Maria do Carmo, faz uma convocação dos servidores a participarem da eleição. Em um segundo vídeo apresentado em seguida, o professor emérito e ex-superintendente do Canal Saúde, Arlindo Fábio, ressalta a importância do processo democrático para escolha do presidente da Fiocruz. A eleição para a Presidência da Fiocruz é a consolidação, o fortalecimento do nosso processo democrático”, afirmou Mario Moreira. 

Temas em pauta 

A primeira convidada a falar foi a secretária-executiva Raimunda Monteiro. Ela traçou um quadro preocupante do desmonte gradativo do sistema de proteção ambiental do país desde a década de 1990, com “interrupção brutal” a partir de 2019. “Hoje, enfrentamos um processo de reconstrução diante de problemas agravados por picos climáticos, secas e queimadas ou excessos de chuvas, com efeitos socio-econômicos dramáticos”, descreveu. 

Gizele Martins se identificou como representante dos movimentos de favelas e falou sobe o tema Políticas públicas para a equidade, diversidade e inclusão no contexto atual. “É um desafio falar disso, mas isso já faz parte do nosso cotidiano, falar sobre as desigualdades e a falta de Direitos Humanos”, disse. “É preciso falar desse contexto de país, fundado e fundamentado a partir da ruptura de muitos povos, negros vindos de África, indígenas – que são rupturas de culturas, curas, de religiosidade, de linguagem de costumes. E fundamentado no racismo, estrutural”, afirmou.  

Já o Jerson Lima Silva falou sobre o incentivo à pesquisa voltado a grupos vulnerabilizados, como os indígenas, por meio de editais lançados pela Faperj em parceria com o Instituto Serrapilheira. “A Fiocruz é um patrimônio para o Brasil e tem esse olhar importante para o futuro”, disse Jerson. Ele destacou o papel agregador da Fundação nos projetos colaborativos com muitas outras instituições e setores da sociedade. 

Voltar ao topoVoltar