21/06/2022
Paulo Fernandes (Ascom Governo do MS)
Um convênio de R$ 14,854 milhões permitirá a instalação de uma Plataforma de Pesquisa Científica da Fiocruz em Mato Grosso do Sul. O espaço de ensaios clínicos será usado para o desenvolvimento de novos insumos, como medicamentos e vacinas, e para novas aplicações de remédios já existentes. O documento foi assinado na segunda-feira (20/6) pelo governador do estado, Reinaldo Azambuja, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, em um evento no Bioparque Pantanal, em Campo Grande.
O governador de MS, Reinaldo Azambuja (ao centro), e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, na assinatura do convênio (Foto: Chico Ribeiro)
Medindo de 2,5 mil a 3 mil metros quadrados, o novo prédio será erguido ao lado do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Campo Grande. O prazo para construção e execução é de 12 meses. Os recursos são do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Ciência e Tecnologia (Fundect).
Em seu discurso, Reinaldo Azambuja voltou a defender a ciência para proteger a saúde e proporcionar um futuro melhor às pessoas. “Eu tenho certeza de que essa equipe vai desenvolver pesquisas importantes para Mato Grosso do Sul, para o Brasil e o mundo. O nosso governo é o que mais investiu em ciência e tecnologia, porque realmente a gente acredita nisso. Sabemos que investir em ciência, tecnologia e inovação é investir em um futuro melhor para a população e as futuras gerações”, disse.
De acordo com a presidente da Fiocruz, a Plataforma de Pesquisa Científica vai beneficiar a população com pesquisas para desenvolver insumos que abastecerão o Sistema Único de Saúde. “Essa Plataforma de Pesquisa Clínica, a partir do convênio com o estado de Mato Grosso do Sul, é de grande importância para a Fiocruz mas, sobretudo, para o Sistema Único de Saúde e para o Brasil. A importância se dá no reforço à pesquisa clínica de novos medicamentos, vacinas e testes diagnósticos, consolidando toda uma trajetória de pesquisa, com especial ênfase na pesquisa clínica já realizada pela Fiocruz no estado, e vai permitir que se faça uma avaliação de novas drogas ou até mesmo de novas utilizações para drogas já conhecidas, por meio do SUS”, destacou.
O infectologista Julio Croda, da Fiocruz, explicou a importância das pesquisas clínicas. “O que é pesquisa clínica? É a pesquisa com seres humanos na fase final de desenvolvimento de drogas, vacinas e novos tratamentos. Isso é muito importante porque vai colocar o estado no cenário de captar recursos internacionais, principalmente para o desenvolvimento de novas terapias. Além da captação de recursos que virão para Mato Grosso do Sul e empregam famílias, geram conhecimento e artigos científicos publicados”, ressaltou. O diretor-presidente da Fundect, Márcio de Araújo Pereira, sublinhou o trabalho da Fiocruz no combate ao vírus da Covid-19 e a importância dos investimentos de Mato Grosso do Sul em ciência e tecnologia.
Dose fracionada de vacina
Durante o evento, a vice-presidente do Sabin Vaccine Institute, pesquisadora Denise Garrett, lançou o ensaio clínico Fract-cov. O estudo vai avaliar o uso de dose fracionada de vacinas contra Covid-19 para buscar um equilíbrio entre eficácia e efeitos colaterais. Participaram do evento no Bioparque os secretários Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e Eduardo Romero (Cidadania e Cultura); os secretários-adjuntos Crhistinne Maymone (Saúde) e Ricardo Senna (Semagro); o ex-secretário de Saúde Geraldo Resende; e o infectologista Ricardo Venâncio, entre outras autoridades.
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