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Programa Repórter SUS estreia na Rádio Fluminense

Desenho de menina falando no miocrofone

07/11/2017

Por: Julia Neves (EPSJV/Fiocruz)

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A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) estreou em novembro o quadro Repórter SUS, produzido em parceria com a Radioagência Brasil de Fato. O programa é veiculado pela Rádio Fluminense 540 AM, todos os sábados, às 9h, com reprise aos domingos, no mesmo horário. No quadro, semanalmente, especialistas e pesquisadores abordam temas de relevância relacionados ao Sistema Único de Saúde (SUS). No programa de estreia, a crise na saúde no Rio de Janeiro foi destaque, com a representante da Central Sindical e Popular (Conlutas), Cintia Teixeira, tratando da greve dos servidores municipais que reivindicam o pagamento de salários atrasados e atendimento de qualidade para a população.

“A parceria foi pensada para aproveitar a expertise que a EPSJV tem em relação a temas da saúde pública e ao SUS, em sua área de atuação e pesquisa. Acreditamos que a Escola tem condições de eleger os assuntos mais importantes da semana em relação ao SUS pela concentração de conhecimento que existe, oferecendo condições de reunir informações importantes e potencializar mobilizações”, destacou Raquel Júnia, coordenadora do programa Rádio Brasil de Fato no Rio de Janeiro. E completou: “Pensamos em uma forma de traduzir o SUS para a população, mostrando a importância do sistema de saúde e o que está em risco no atual contexto de ameaças graves”.

Antes de ir ao ar na rádio, o Repórter SUS foi veiculado no site do Brasil de Fato. No primeiro programa, em setembro, a professora-pesquisadora da EPSJV, Marcia Valéria Morosini, explicou porque a revisão da Política Nacional de Atenção Básica (Pnab), colocada em prática pelo Ministério da Saúde e já aprovada nas instâncias deliberativas do SUS, pode significar menos atendimento para a população. Também já foram temas do programa, a anulação da Medida Provisória 656/2014, que depois se transformou na lei 13.097/2015 e autoriza o capital estrangeiro na saúde; o reajuste abusivo dos planos de saúde para idosos; e a diminuição dos recursos para a saúde pública.

Para Cátia Guimarães, coordenadora da Comunicação, Divulgação e Eventos da EPSJV, em uma instituição pública, a comunicação não pode ter a mesma função que nas instituições privadas. “Nas instituições privadas, a comunicação é ferramenta de gestão, portanto, um espaço de divulgação, publicidade e incentivo a um público maior que, no fundo, é um público consumidor daquilo que a empresa produz. Em uma instituição pública é diferente, o que a gente quer vender são as ideias, as bandeiras, as lutas, os princípios que a instituição defende”, afirmou a coordenadora.

“A nova parceria com o Brasil de Fato vai ao encontro de tudo isso: defender o Sistema Único de Saúde, acompanhar de maneira crítica a situação da saúde suplementar e informar o cidadão, traduzindo como isso se expressa concretamente na vida dele”, ressaltou Maíra Mathias, jornalista da EPSJV. Segundo Maíra, o conteúdo jornalístico da EPSJV é enviado para veículos alternativos e independentes desde 2010 e a EPSJV teve uma parceria profícua com o Brasil de Fato quando a aposta do veículo era a edição nacional, que circulava semanalmente e era vendida nas bancas de jornais de quase todo o país. “Muitas reportagens e entrevistas produzidas pelo jornalismo da Escola foram republicados e viraram manchete nesse período. Agora, retomamos essa parceria mais estreita em outro registro e esperamos que nossa contribuição possa influenciar mais pessoas a defenderem o SUS em um contexto tão desfavorável como este”.

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