05/09/2017
César Guerra Chevrand (AFN)
A Rede de Plataformas Tecnológicas da Fundação Oswaldo Cruz, o programa de Pesquisador Visitante (PV) e a área de Patrimônio Genético foram os principais temas em pauta na Câmara Técnica de Pesquisa, realizada em 17 e 18 de agosto. Promovido pela Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), o segundo encontro da Câmara em 2017 reuniu gestores e pesquisadores das unidades da Fiocruz de todo o Brasil no auditório da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).
Na abertura do evento, o vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas, Rodrigo Correa, ressaltou a necessidade de modernizar e reestruturar as plataformas tecnológicas utilizadas pelos pesquisadores da Fundação. Iniciada em 2004, a rede foi planejada e estruturada inicialmente como base tecnológica para projetos de desenvolvimento de vacinas, medicamentos, bioinseticidas e insumos para diagnóstico, além de apoiar a execução de projetos de pesquisa em geral na Fiocruz.
“Nós precisamos modernizar as nossas plataformas tecnológicas, mas este é um processo que não vai acontecer da noite para o dia. A discussão sobre plataformas é estratégica para a Fiocruz porque elas são fundamentais na parte científica e tecnológica de quase todos os nossos grupos de pesquisa”, afirmou Rodrigo Correa.
O encontro foi marcado pela apresentação das plataformas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e das novas metodologias baseadas em uso de plataformas de espectrometria de massas da Fiocruz Paraná. Outras unidades também apresentaram propostas de novas plataformas para a rede. De acordo com o assessor da VPPCB Wim Degrave, alguns dos principais critérios para o credenciamento na Rede de Plataformas Fiocruz são a relevância da tecnologia para a Fundação, a produtividade e a infraestrutura adequada.
“A discussão sobre plataformas foi uma solicitação dos próprios grupos de pesquisa na última Câmara Técnica. Nós estamos reunidos agora para pensar a sustentabilidade da rede nos próximos anos. Um dos nossos principais objetivos é aumentar a operação dos equipamentos e o uso da infraestrutura para minimizar a ociosidade e o tempo parado”, explicou Wim Degrave.
Pesquisador-visitante e patrimônio genético
O segundo dia da Câmara Técnica de Pesquisa foi marcado pelas discussões sobre a reformulação do programa de Pesquisador-Visitante da Fiocruz e pela apresentação sobre a Lei da Biodiversidade (Lei 13.123), regulamentada em 2016. No início das atividades, o pesquisador Jochen Junker, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), debateu os desafios do programa Horizon 2020, seguido pela apresentação da assessora da VPPCB Fátima Batista sobre as proposições do programa de Pesquisador-Visitante.
Na sequência, a pesquisadora Manuela da Silva, assessora da VPPCB e coordenadora das Coleções Biológicas da Fiocruz, apresentou os principais pontos da Lei da Biodiversidade, e suas consequências para a pesquisa científica brasileira, para as empresas de biotecnologia e para os detentores de conhecimento tradicional no país. As questões envolvendo os procedimentos referentes à remessa e regularização de patrimônio genética foram complementadas na apresentação de Aline Morais representando os NITs.