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Pesquisa analisa condições de trabalho de enfermeiros em serviços de emergência


24/07/2014

Fonte: Informe Ensp

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De acordo com o Ministério da Saúde, os principais problemas da assistência às urgências e emergências no Brasil são: estrutura física e tecnológica inadequada, insuficiência de equipamentos, recursos humanos limitados e com capacitação insuficiente para trabalhar em emergências, baixa cobertura do atendimento pré-hospitalar móvel e número insuficiente de unidades de pronto atendimento não-hospitalares com baixa resolutividade e insuficiente retaguarda para transferência de doentes. A partir desses dados, o aluno da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), Hebert de Oliveira, desenvolveu sua dissertação de mestrado em Saúde Pública. De acordo com ele, a assistência às urgências e emergências há muitas décadas é um dilema para o sistema público de saúde e tornou-se mais latente a necessidade de se pensar políticas que possibilitassem a organização, qualificação e consolidação da atenção nesses locais.

Para o estudo, Hebert buscou caracterizar as condições de trabalho vivenciadas por enfermeiras e técnicas de enfermagem da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Manguinhos, identificando e discutindo as normas antecedentes presentes neste trabalho e investigando as renormatizações realizadas e suas relações com o processo saúde-doença-cuidado dessas trabalhadoras. 

A pesquisa constatou que essas profissionais estão inseridas em uma realidade complexa, na qual convivem com algumas situações que vão muito além dos problemas clínicos. De acordo com o pesquisador, é característico desse processo de trabalho o ritmo intenso, o excesso de atividades e pacientes com quadros clínicos instáveis. Além disso, as trabalhadoras de enfermagem que atuam em urgência e emergência têm que estar preparadas para o inesperado, o imprevisível e, na maioria dos casos, faltam condições e instrumentos de trabalho. “Isso é importante, pois o sofrimento de várias trabalhadoras desse setor pode ser atribuído ao fato delas terem que lidar, muitas vezes, com situações incontroláveis frente às quais se sentem impotentes”.

Sobre os problemas de saúde relacionados ao trabalho da enfermagem em urgência e emergência, o mais recorrente foi o estresse. Segundo Hebert, o estresse ocupacional está muito presente na enfermagem, sendo classificada pela Health Education Authority como a quarta profissão mais estressante.

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