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Observatório Juventude, Ciência e Tecnologia completa três anos

Imagem de alunos

10/10/2014

Por: Claudio Oliveira / Portal Fiocruz

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Seguir ou não uma carreira no campo da ciência? Onde trabalha um astrônomo? O que faz um arqueólogo? São muitas as dúvidas de jovens e adolescentes no momento de escolherem que profissão seguir. Pensando nisso, o Laboratório de Iniciação Científica na Educação Básica da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (Lic-Provoc/EPSJV/Fiocruz) criou em 2010, com apoio do Cnpq e Faperj, o Observatório Juventude Ciência e Tecnologia, projeto voltado para difundir e promover informações e pesquisas sobre a iniciação científica (IC) de jovens do ensino médio. Além disso, o site do Observatório disponibiliza informações sobre as mais variadas carreiras científicas.

Ao longo desses quatro anos, o Observatório vem realizando projetos e pesquisas no campo da educação em ciências. Segundo o cientista social Jefferson Campos, assistente de pesquisa do Observatório, o objetivo do trabalho é oferecer aos jovens informações para que eles possam conhecer a ciência, suas áreas, histórias, especializações e alternativas de trabalho. Para isso, o site foi dividido em seis sessões. Nelas, estudantes e pesquisadores podem conseguir informações sobre o programa de iniciação científica da Escola, saber onde encontrar programas de IC no Brasil, conhecer as carreiras científicas e obter indicações de livros, artigos, vídeos e sites, além de poderem acessar notas sobre feiras de ciências, olimpíadas e outros eventos do setor.

Leia também: Observatório Juventude, Ciência e Tecnologia (EPSJV/Fiocruz) lança a série Profissão Cientista

De acordo com a Coordenadora-Geral do Observatório, a pesquisadora Cristina Araripe, a maioria das escolas no Brasil apresentam as ciências apenas de forma teórica, comprometendo sensivelmente o conhecimento sobre seus diferentes campos. “Infelizmente, boa parte das nossas escolas não estão preparadas para fazer ciência experimental. Por isso, buscamos explicar como se constrói uma carreira. As escolhas nem sempre são evidentes: acontecem no processo de aprendizagem. É na faculdade ou em algum grupo que a pessoa percebe realmente o que deseja fazer.”

Nem só de Einsteins se faz a ciência

Neste sentido, um dos trabalhos mais importantes para o Observatório é desmistificar a ciência. Segundo Campos, é comum que as pessoas identifiquem os cientistas com Einstein e até mesmo com personagens de quadrinhos, como o Professor Pardal. “Buscamos desmistificar a carreira científica. Mostrar que o cientista também é alguém que batalha e que passa por desafios, como em qualquer outra profissão. Que são carreiras que demandam dedicação, mas que não tiram a vida social”.

Segundo Issac Freitas, um dos alunos que já passaram pelo curso, os estudantes que têm a oportunidade de participar de um projeto de iniciação científica não deveriam perder a oportunidade. “O programa desperta a vocação, mas também é bom para quem não tem vocação, pois ajuda a ter uma escrita melhor e a desenvolver a responsabilidade e a independência. Além disso, já chegamos na faculdade com experiência.”  Para Linda Beatriz de Souza, também aluna do Provoc/EPSJV, o projeto é uma experiência que só encontra limites no interesse do aluno. “Se você for curioso, irá desenvolver novas habilidades. Vai acabar se empenhando e se engajando em todos os projetos e atividades do programa.”

Ações futuras preveem lançamento de vídeos e realização de seminário

Para atingir seus objetivos, a equipe do Observatório vem trabalhando na produção de audiovisuais, na organização do 4º Seminário de Juventude e Iniciação Científica, evento que será realizado no mês de novembro e na participação do projeto na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.

Na primeira série de vídeos, lançada em 2011, o projeto entrevistou alunos e orientadores para explicar o que era o Provoc. Agora, o Observatório trabalha na produção de outros cinco vídeos. A série de vídeos Profissão Cientista, será lançada às 9h30 no auditório do Museu da Vida, onde acontecerá a abertura da SNCT da Fiocruz, em Manguinhos. De acordo com Campos, o objetivo dessa segunda leva de audiovisuais é o de apresentar as carreiras e as trajetórias profissionais de pesquisadores da Fiocruz.

O projeto também estará na SNCT em Brasília, onde promoverá a exibição de vídeos e debates sobre carreiras científicas. Os eventos serão realizados nos dias 16 e 17/10, a partir das 10h, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade.

Araripe explica que essas atividades foram pensadas com o objetivo de divulgar os programas de iniciação científica e incentivar os jovens. “Queremos aumentar o alcance do Provoc. Aumentar a visibilidade do site e consequentemente nossa capacidade de atender a demanda. O site é voltado para estudantes de todo Brasil, não só da Fiocruz”.

Fundado em 1985, Provoc/EPSJV já teve 2200 alunos

Idealizado pelo médico Luiz Fernando da Rocha da Silva em 1985, o Provoc é caracterizado como um estágio de longa duração. A primeira fase dura 12 meses, período em que os alunos assumem a execução de tarefas de forma autônoma mas supervisionada por orientadores e coorientadores. Na fase seguinte, a experiência estende-se desde a elaboração do projeto científico até a divulgação dos resultados em eventos e publicações.

Alunos interessados em participar precisam verificar se sua escola é conveniada ao projeto. No momento, fazem parte do Provoc todas as unidades do Colégio Pedro II, os colégios de aplicação da UERJ e UFRJ, o Colégio Estadual Professor Clóvis Monteiro, a Redes de Desenvolvimento da Maré, o Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré, além dos colégios Ceat, São Vicente de Paula e Bennett. Escolas não conveniadas que tenham interesse em fazer parte do projeto devem procurar a coordenação do Provoc.

Para mais informações, entre em contato com o Provoc/EPSJV pelo telefone (21) 3865-9740 ou pelo e-mail provoc@fiocruz.br.

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