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Gestoras do Instituto Pasteur falam sobre a parceria com a Fiocruz


18/03/2015

Por Claudia Lima*

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A construção de uma parceria entre o Instituto Pasteur e a Fundação Oswaldo Cruz ganhou corpo em dezembro, com a visita do diretor da Rede Internacional dos Institutos Pasteur, Marc Jouan, ao Campus Manguinhos. Sua vinda foi precedida pela de duas outras gestoras da instituição - a diretora técnica e coordenadora da área de Meio Ambiente, Nathalie Denoyé, e a coordenadora da Qualidade e responsável pela área de Desenvolvimento Sustentável do Pasteur, Marie-Laure Chao. As duas instituições se comprometeram a realizar, em junho deste ano, um simpósio científico sobre doenças infecciosas e neurociências.

As entrevistadas Nathalie Denoyé e Marie-Laure Chao destacaram o papel da área na cooperação interinstitucional na busca pela excelência.

O que há em comum entre o Instituto Pasteur e a Fiocruz?

O Instituto Pasteur e a Fiocruz são duas instituições que funcionam com os mesmos valores, com uma dimensão que é diferente. O Instituto Pasteur é menor que a Fiocruz, vocês têm hospitais e nós, não. Temos três campos de atuação comuns: pesquisa, saúde pública e ensino.

Quais as possibilidades de trabalho conjunto?

A Qualidade pode ajudar a Fiocruz a ter excelência. Nós podemos trazer nossa experiência, particularmente a da estrutura que implementamos, que consiste em centralizar e trabalhar com uma equipe única, transversal. Um valor que nós utilizamos bastante é a transversalidade. Podemos trazer nosso savoir faire para a instituição, que tem a mesma cultura científica - mostrar as coisas que aconteceram conosco nesse processo e aprender com a experiência de vocês.

Como funciona a Qualidade no Pasteur?

No Instituto Pasteur, os serviços de suporte são todos serviços centralizados em torno da ciência, para servir à ciência. No começo, a implementação foi difícil, não havia uma adesão dos cientistas aos processos. Hoje, nós fazemos toda a parte administrativa e eles fazem a pesquisa. É importante fazer com que as unidades entendam que os procedimentos da Qualidade vão lhes trazer benefícios.

Como foi o processo de implementação?

Nós temos um diretor-geral que definiu como prioridade uma dinâmica em torno da Qualidade, que hoje está no plano estratégico. Trabalhamos num projeto piloto e tivemos sucesso nos nossos procedimentos. Em geral, quando nós falamos, os cientistas não nos escutam, mas quando um cientista explica para outros cientistas que funcionou, que eles se organizaram, ganharam estrutura, traçabilidade, registros e uma visão do que podem fazer, é diferente. Hoje há um verdadeiro engajamento. Todos os novos projetos que estão sendo colocados em prática têm um componente de Qualidade, com objetivos de certificação e acreditação.

O Instituto Pasteur aderiu ao Pacto Global das Nações Unidas, iniciativa voluntária que oferece diretrizes para o crescimento sustentável e da cidadania, por meio de lideranças corporativas. Qual a importância da adesão a esse Pacto?

O Pacto Global das Nações Unidas deve ser uma prioridade no contexto do acordo Fiocruz-Pasteur, pois trata-se da responsabilidade social da instituição, que é também um eixo da Qualidade. Quando a Fiocruz fala de objetivos ligados à excelência, deve pensar também na questão do Pacto Global, um componente indispensável quando se fala em excelência. É importante sensibilizar as equipes e também a direção da instituição. A Qualidade será um dos pontos importantes da cooperação que está se desenhando entre Pasteur e a Fiocruz.

*Entrevista originalmente concedida ao Jornal Linha Direta.

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