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Fiocruz realiza 2º Simpósio do Programa Fio-Câncer

Quatro palestrantes na mesa do evento

13/06/2017

Por: César Guerra Chevrand (Agência Fiocruz de Notícias)

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A formação e a estruturação de uma carteira de projetos na área de oncologia e as oportunidades para captação de recursos dentro e fora da Fiocruz foram os principais temas do 2º Simpósio do Programa Fio-Câncer, realizado nos dias 6 e 7 de junho em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Promovido pela Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), o encontro reuniu mais de 100 inscritos, entre pesquisadores e gestores das diferentes unidades da Fundação Oswaldo Cruz.

O Fio-Câncer é uma das onze redes de pesquisa translacionais da Fiocruz, que têm a meta de promover a articulação de grupos de pesquisa nas áreas biomédica, clínica, desenvolvimento tecnológico e saúde coletiva em torno de um determinado problema de saúde pública. A primeira edição do Simpósio Fio-Câncer aconteceu em maio de 2016. De acordo com o vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas, Rodrigo Correa, a rede cumpre o papel de mapear e coordenar os esforços da Fiocruz na área de oncologia.

“A Presidência da Fiocruz está trabalhando pela integração de todas as vice-presidências neste processo. Os programas já devem estar dentro deste contexto institucional. A ideia é otimizar recursos e oferecer soluções para o Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse Rodrigo.

Além de mapear e estruturar as atividades em torno de objetivos estratégicos, a rede Fio-Câncer também tem os objetivos de organizar núcleos de atividades, identificar e implementar ações complementares com parceiros estratégicos, estabelecer financiamento e investir na formação de pessoal. Responsável pela Coordenação dos Programas de Pesquisa Translacionais, Wim Degrave afirmou que as redes são formadas por pesquisadores de diversas áreas sob a lógica da complementaridade e não da competição.

“É importante ver como a área de pesquisa da Fiocruz consegue se reorientar em pouco tempo, mesmo sem os recursos adequados. Os programas de pesquisa translacional têm essa missão de contribuir para a realização das metas da Fiocruz, de ter um impacto na sociedade com as nossas pesquisas”, declarou Wim.

Financiamento de projetos

As diretrizes de gestão e as oportunidades de financiamento para pesquisa estiveram em destaque no encontro. No desenho estratégico da rede, as principais linhas de ação são a elaboração de soluções em diagnóstico molecular e em análise prognóstica e a construção de plataformas para identificação de compostos com potencial terapêutico. Uma das coordenadoras da Rede Fio-Câncer, Adriana Bonomo também ressaltou a importância da formação de pessoal. “Eu não consigo ver o desenvolvimento sustentável de uma rede, seja de qualquer assunto, sem gente qualificada para sustentar isso. Nós temos que pensar em desenvolver algum programa de ensino na área de câncer”, comentou.

O mapeamento de oportunidades para custeio e financiamento da rede receberão o apoio do Escritório de Captação de Recursos da Fiocruz. Convidado especial do 2º Simpósio do Programa Fio-Câncer, o coordenador do escritório, Luis Donadio, apresentou as estratégias do núcleo de captação e as orientações gerais sobre o assunto, especialmente sobre o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) do Ministério da Saúde. Neste sentido, o alinhamento com parceiros estratégicos como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) é apontado como fundamental para o sucesso do programa.

Editais e pré-projetos

O simpósio foi marcado pela apresentação de pré-projetos dos pesquisadores das diferentes unidades da Fiocruz. Após avaliação por comitê independente, haverá a formação de carteira de projetos com priorização e o encaminhamento institucional dos projetos aos editais externos. Também estão previstos editais internos, que não foram viabilizados em 2016. De acordo Martin Bonamino, da coordenação do Fio-Câncer, o objetivo final do encontro é “sair com ações mais orquestradas” para 2017.

“Nós organizamos a rede no ano passado e identificamos 38 grupos de pesquisa na área de oncologia. Houve um número grande de pré-projetos apresentados neste 2º Simpósio e o desafio agora é formatar esses projetos de forma institucional e encontrar maneiras de custear a rede”, disse Martin.

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