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Acordo com Organização de Estados Ibero-Americanos incentiva ciência e tecnologia


24/08/2017

André Costa (CCS)

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Paulo Speller e Nísia Trindade

A Fundação Oswaldo Cruz e a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), organização especializada em educação, ciência e cultura que reúne países ibéricos e latino-americanos, assinaram um protocolo de intenções de cooperação técnica no dia 07/08, no Castelo da Fiocruz, no Rio de Janeiro. O documento visa o desenvolvimento de programas conjuntos e o intercâmbio científico, incentivando ações nos campos da saúde, ciência, tecnologia e desenvolvimento social.

Está prevista no acordo a realização de projetos, cursos, conferências, encontros, palestras, seminários, intercâmbios de profissionais e serviços de consultoria, entre outras atividades que reúnam especialistas de diversas áreas do conhecimento. O documento também espera contar com parcerias com ministérios, órgãos governamentais e outros organismos para apoiar e disseminar as iniciativas. 

“Esse acordo nos põe no sentido de caminharmos juntos. Ele é extremamente positivo para a Fiocruz, e faz com que imediatamente pensemos em ações de intercâmbio de pesquisa e mobilidade”, disse a presidente da Fiocruz Nísia Trindade Lima, observando que a cooperação foi propiciada em grande parte devido aos esforços do vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fundação, Manoel Barral-Netto. 

Chamando a atenção para o fato de a OEI estar se expandindo para países da África de língua portuguesa como Cabo Verde e Moçambique, que atualmente participam da organização como observadores, Nísia afirmou que esse direcionamento se conformiza bem com a atuação da própria Fiocruz no continente. 

“No caso de nossa cooperação com a África, acabamos de formar a quinta turma de mestrado em ciências da saúde em Moçambique. A cooperação com o país tem vertido toda área da ciência da saúde aplicada, e pensamos em estender e aprofundar laços com outros países da África de língua portuguesa e da América Latina. Recentemente recebemos a presença do diretor da Administração Nacional de Laboratórios e Institutos de Saúde da Argentina, e caminhamos para uma parceria muito importante no que se refere à produção e disseminação de vacinas da febre amarela”, ela acrescentou.

O secretário geral da OEI, Paulo Speller, por sua vez, destacou a importância do acordo para sua própria instituição. “O Brasil é um parceiro imprescindível para a OEI, e a primeira referência que temos [aqui] é sempre a Fiocruz. É a instituição brasileira de maior tradição, com presença nos campos de ciência e tecnologia, de presença internacional inclusive”, disse, enfatizando que o acordo se deu de modo ágil – a negociação entre as partes começou em abril deste ano. 

Speller também ressaltou a esperança de uma atuação significativa no continente africano. “Há uma expectativa muito grande fora do Brasil, tanto na América Latina quanto em Espanha e Portugal, de que a Fiocruz esteja presente na OEI, além de órgãos brasileiros de incentivo à pesquisa e do Ministério de Ciência e Tecnologia. A participação de Cabo Verde e de Moçambique como observadores na OEI complementam ações que a Fiocruz historicamente já vem fazendo na América Latina. O mundo ibero-americano vai além do que pensamos”.

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