A humanização tem sido associada a distintas e complexas categorias relacionadas à produção e gestão de cuidados em saúde, tais como: integralidade, satisfação do usuário, necessidades de saúde, qualidade da assistência, gestão participativa, protagonismo dos sujeitos e a intersubjetividade envolvida no processo de atenção. Esta obra busca apresentar um balanço crítico dos conceitos e perspectivas que atravessam tal ideário, e analisar os limites e possibilidades das iniciativas autodenominadas ‘de humanização’.
A autora demonstra o potencial da aplicação do que se poderia chamar de métodos 'clássicos' da pesquisa antropológica para além dos contextos sociais mais comumente explorados. A 'comunidade' estudada por Deslandes, cujos atores vêem-se interligados pela questão da violência, mescla uma composição ímpar, incluindo médicos, baleados, enfermeiros, esfaqueados, bombeiros, atropelados, entre outros.
Durante anos, os estudos sobre a saúde da criança e da mulher estiveram vinculados a uma ótica que não as percebia como protagonistas das situações - a mulher era vista apenas como mãe e a criança tinha sua subjetividade ignorada. Caminhos do pensamento: epistemologia e método é o primeiro livro da Coleção Criança, Mulher e Saúde que traz ao debate algumas temáticas consideradas base de toda ação de pesquisa e desenvolvimento.
A obra é a primeira avaliação técnica da Política Nacional de Saúde para Redução de Acidentes e Violências, desde que ela foi criada, em 2001, quando a questão da violência entrou oficialmente na pauta da saúde pública do país. O trabalho teve como foco os atendimentos pré-hospitalares, de emergência, hospitalares e de reabilitação em cinco capitais: Curitiba, Manaus, Recife, Rio de Janeiro e Brasília, que estão entre as mais violentas do país.