Por: Adriana Martins
Estresse, intoxicação, dores no ouvido, na coluna e lesão por esforço repetitivo são alguns exemplos de agravos enfrentados por numerosos trabalhadores em suas rotinas. Para ressaltar a importância do cuidado à saúde do trabalhador e evitar que casos como esses prejudiquem ou até levem profissionais a óbito, o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho é comemorado em 27 de julho.
Seguindo a Política Nacional de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde para a redução dos acidentes e doenças ocupacionais, o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh [1]) oferece atendimento a pacientes encaminhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em particular pelos Centros Estaduais e Regionais de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), por sindicatos e organizações civis, pelo Ministério da Saúde ou por outras instâncias judiciais.
Os serviços prestados estão associados às pesquisas desenvolvidas pelo Centro, que é referência em dermatologia, audiologia, pneumologia, toxicologia, dentre outros agravos de caráter ocupacional. “Somos referência para diagnóstico de média e alta complexidade no campo”, reitera o coordenador do Cesteh, Marco Menezes.
Capacitação
Além de oferecer serviços, o Centro capacita profissionais para atuarem na Rede Nacional de Atenção à Saúde do Trabalhador (Renast), por meio do curso de especialização em saúde do trabalhador e ecologia humana [2], oferecido na modalidade a distância, com algumas aulas presenciais.
O curso é uma parceria da Coordenação da Área Técnica de Saúde do Trabalhador (Cosat), do Ministério da Saúde, com a Educação a Distância (EAD/Fiocruz) e o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).
Ações promovem saúde ao trabalhador
Sediado no campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ), o Cesteh participa de diversas ações de promoção, reabilitação e vigilância na área da saúde. Uma das ferramentas usadas para a criação dessa agenda de ações é a consulta ao portal Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho (Diesat [3]), do Ministério da Saúde, que permite analisar dados gerados por demanda dos trabalhadores em relação às mortes causadas por acidentes ocupacionais e, com isso, propor estratégias para diminuir o número de vítimas.
“Essa iniciativa é importante pois contribui para prevenir acidentes de trabalho. Em geral, os índices sobre mortes no trabalho são altos. O site permite um diálogo com a sociedade, mostrando o que de fato acontece em diversos locais onde não há vigilância nem cuidado à saúde do trabalhador”, finaliza Marco Menezes.