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Museu da Vida realiza lives com mulheres no Dia Nacional da Ciência


08/07/2020

Por: João Boueri e Simone Kabarite

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Na data em que se comemora o Dia Nacional da Ciência, 8 de julho, o Museu da Vida programou duas lives com mulheres que têm trajetórias ligadas à saúde e à ciência. A primeira foi com a estudante de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Aryella Maryah, também aluna de iniciação científica no Laboratório de Farmacologia Aplicada em Farmanguinhos (Fiocruz). Em seguida, Roberta Lemos, doutoranda e mestre em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca – ENSP/Fiocruz, conversou com o Museu. Roberta também é membro do Laboratório de Ética em Pesquisa da UFRJ e ex-membro do Comitê de Ética em Pesquisa da ENSP. As lives foram transmitidas pelo Instagram do Museu da Vida.

Com mediação de Renata Fontenetto, jornalista e divulgadora científica no Museu da Vida, a primeira convidada, Aryella, relatou como foi o seu ingresso na UFRJ. ''A Farmácia me escolheu. Estive indecisa durante o ensino médio. Entretanto, ter a possibilidade de estar no Programa de Vocação Científica da Fundação Oswaldo Cruz (PROVOC/Fiocruz) foi fundamental para me sentir realizada na pesquisa que eu desenvolvia durante o programa'' afirmou a aluna de iniciação científica. ''Muitas pessoas acreditam que o único campo de atuação da Fármacia é atuar em uma drogaria, mas o curso possui diversas frentes'' acrescentou.

Em relação à sua proximidade com a ciência, Aryella lembrou a necessidade de aproveitar as oportunidades da vida. ''Ingressar na Fiocruz por meio do PROVOC aliado ao fato de estudar em um colégio, como o Pedro II que proporciona o desenvolvimento do pensamento crítico, são oportunidades que considero um 'divisor de águas'. Esse 'combo' de educação com qualidade mais a inserção em um laboratório de pesquisa tão nova foi fundamental para a minha formação enquanto cidadã e para encontrar a minha verdadeira essência'' comentou.

Sobre divulgação científica, a estudante de Fármacia ressaltou a necessidade de tornar a ciência acessível. ''Sou apaixonada em fazer ciência e difundir conhecimento. A minha orientadora me deu a oportunidade de acompanhar os alunos que estavam entrando no PROVOC e trabalhar diretamente com esses alunos me possibilitava circular efetivamente os conhecimentos que adquiri durante a minha trajetória. Além disso, o Colégio Pedro II Realengo me deu a oportunidade, em 2018, de compartilhar as minhas experiências com alunos do sexto ano do ensino fundamental. Sou grata, também, ao Grupo de Trabalho Mulheres e Meninas na Ciência da Fiocruz que me deu a oportunidade de estar presente no evento Mais Meninas na Fiocruz, realizado em fevereiro de 2020 em alusão ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, ao lado de mais de 50 alunas da rede estadual do Rio de Janeiro'' concluiu Aryella.

Para encerrar a atividade, na segunda parte da live em comemoração ao Dia Nacional da Ciência, Renata Fontanetto convidou Roberta Lemos, doutoranda e mestre em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva pela ENSP/Fiocruz. A pesquisadora comentou sobre os profissionais da saúde e a responsabilidade na tomada de decisões. ''O ideal é que o profissional que ali está explique ao paciente como vai ser realizado os procedimentos. Dentro do Centro de Terapia Intensiva (CTI) temos uma equipe de profissionais de diferentes áreas, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, psicólogos, nutricionistas, assistente social, entre outros, que têm como objetivo dar a melhor assistência a todos os pacientes e oferecer apoio aos familiares. É preciso, também, considerar os valores sociais de cada paciente'' afirmou Roberta.

Em meio ao surgimento de uma doença, principalmente quando se torna uma pandemia, que é o caso do novo coronavírus, a criação de uma vacina para combatê-la passa a ser urgente. Roberta ressaltou a importância de se cumprir todas as etapas do processo clínico e o tempo da produção de uma vacina. ''Se pularmos uma fase, podemos colocar em risco toda uma população. O que tem acontecido nos estudos de Covid-19 é que as fases estão sendo sobrepostas para agilizar partes do processo sem perda de qualidade'' afirmou. Apesar da escassez de recursos, Roberta também lembrou dos avanços da ciência brasileira com a participação histórica da Fundação Oswaldo Cruz em seus 120 anos. ''O Brasil, hoje, é um país 'espelho' quando falamos em saúde coletiva. A própria Fiocruz é um exemplo disso'' concluiu.

Homenagem à Hilda Gomes 

A seção Cientistas Negras do Museu da Vida desta semana homenageou Hilda Gomes, membro do Grupo de Trabalho Mulheres e Meninas na Ciência. Ela coordena a Seção de Formação do Serviço de Educação do Museu da Vida, onde atua desde 2006. No Museu, Hilda Gomes acumula passagens também no Serviço de Visitação e Atendimento ao Público e Serviço de Educação em Ciências e Saúde. Também integra o Comitê Nacional Pró-equidade de Gênero e Raça da Fiocruz e é representante da Casa de Oswaldo Cruz no Comitê Fiocruz pela Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência. Hilda possui Licenciatura em Ciências Biológicas, é bacharel em Biologia Marinha, especialista em Magistério em Educação Especial e Acessibilidade Cultural, e mestre em Educação pela UFF. Ela tem uma longa trajetória na educação, atuando como professora nas redes municipais e privadas das cidades de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí e da rede estadual do Rio, além de diversas instituições de Ensino Superior.

Saiba mais sobre o Programa de Vocação Científica

O Programa de Vocação Científica (Provoc) é uma proposta educacional de Iniciação Científica (IC) na área da saúde para jovens que cursam o nível médio de ensino. Um dos principais objetivos da iniciação científica realizada pelo Provoc é estimular a aprendizagem dos conhecimentos técnicos e científicos a partir da experimentação de práticas de pesquisa. O Programa foi criado em março de 1986 no campus da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Manguinhos e é coordenado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. 

 

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