Equipe do PITSS vivencia dinâmica da comercialização de alimentos em feiras livres em municípios do Maciço de Baturité/CE

Entre os dias 26 e 29 de janeiro, uma equipe do Programa Institucional Territórios Sustentáveis e Saudáveis (PITSS) acompanhou no Ceará atividades relacionadas ao projeto "Reflexos da pandemia de Covid-19 na venda de alimentos em feiras livres no Maciço de Baturité-CE: estudo misto sobre segurança alimentar e sustentabilidade". 

 
Coordenado pelo pesquisador da Fiocruz Ceará, Marcio Moura, o projeto foi aprovado pelo edital Inova/PITSS voltado a territórios sustentáveis e saudáveis no contexto da pandemia. De acordo com Moura, o objetivo da pesquisa é conhecer as mudanças no processo de venda de alimentos em feiras livres na região do Maciço de Baturité - região serrana do estado do Ceará – a partir da pandemia de Covid-19. O estudo abrange 13 municípios no Maciço de Baturité.
 
Nesta região as feiras ultrapassam a comercialização de alimentos. Segundo o coordenador, trata-se de uma forma de organização social, subsistência e socialização das pessoas que saem de áreas rurais para vender os alimentos nos centros desses municípios. 
 
“A pandemia paralisou esses aparelhos sociais, trouxe regras e modificou a experiência de ir a feiras. Em muitos municípios os feirantes e os consumidores se organizaram e inclusive lutaram para garantir a continuidade das feiras durante a pandemia. Essa é uma ação não apenas de subsistência econômica, mas também de luta pela segurança alimentar dessas comunidades.”, ressaltou.

 
Para conhecer a realidade dessas comunidades, durante quatro dias, a equipe do PITSS vivenciou o dia a dia dos feirantes em dois territórios. Na feira da agricultura familiar e economia solidária de Aratuba acompanharam a comercialização dos produtos de origem vegetal e animal, doces, plantas e outros alimentos. 
 
O segundo local visitado foi a feira do município de Barreira, que também comercializa produtos de origem vegetal e animal, além de artesanato. A equipe conheceu um sítio de produção orgânica de cajuína, mel e polpas de frutas, e dialogaram com uma família de produtores rurais que vendem seus produtos na feira, acompanhando também o processo de produção da cajuína.